No mundo empresarial além de conhecer as formas de negociação, planejamento financeiro e tributário, produção e do mercado, o empresário precisa planejar a sucessão de sua empresa, analisa Glauco Diniz Duarte.
Esta situação precisa ser debatida e planejada, principalmente nas empresas que estão em um período de pós-crescimento e onde existe a figura do herdeiro.
Perpetuar a empresa e proteger o patrimônio de seu fundador e herdeiros mediante um planejamento sucessório pode definir o sucesso ou não da continuidade da empresa.
Segundo Glauco as empresas familiares no Brasil representam setenta e três por cento das empresas no país, as quais seus fundadores irão transferir o comando da administração para seus herdeiros. A criação de uma holding familiar auxilia grandemente a sucessão do patrimônio e da administração dos bens da família a qual é proprietária de uma ou mais empresas.
Glauco diz que holding é uma empresa que possui ações em outras empresas com o fim de controlá-las. A holding é a sociedade controladora de outras sociedades.
A criação de uma holding familiar objetiva concentrar e proteger o patrimônio de uma família, estabelecendo normas de transmissão do patrimônio a seus herdeiros, diz Glauco.
Para que se concretize a criação de uma holding, a mesma deverá receber como integralização de seu capital, bens e direitos de seus sócios que pode ser pessoa física ou jurídica.
Glauco cita vantagens para a criação de uma holding:
– representar o acionista controlador no comando das empresas de sociedades anônimas de capital aberto, as quais são caracterizadas, atualmente, por extrema complexidade;
– simplificar as soluções referentes a patrimônios, heranças e sucessões familiares, através do artifício estruturado e fiscal de uma holding;
– atuar como procuradoras de todas as empresas do grupo empresarial junto a órgãos de governo, entidades de classe e, principalmente, instituições financeiras, reforçando seu poder de barganha e sua própria imagem;
– facilitar a administração do grupo empresarial, especialmente quando se considera uma holding autêntica;
– facilitar o planejamento fiscal-tributário;
– otimizar a atuação estratégica do grupo empresarial, principalmente na consolidação de vantagens competitivas reais e sustentadas.
– resguardar os interesses de seus acionistas, através da interação em várias empresas e negócios;
– agir como acionista principal das empresas afiliadas, podendo, inclusive, ter a gestão administrativa dos negócios;
– administrar o portfólio de investimentos do grupo empresarial;
– prestar serviços centralizados às empresas do grupo, atuando, neste caso, como o embrião de uma administração corporativa;
– representar o grupo empresarial de forma estruturada e homogênea, principalmente a partir da consolidação de um conjunto de políticas de atuação administrativa.