Muitos analistas de mercado e investidores de mais longa data costumam destacar que uma das estratégias mais interessantes para se obter sucesso é a de diversificar o investimento alocado com ações em companhias de diferentes setores, reduzindo os riscos.
Ou seja, se você tiver recursos aplicados em diversos segmentos da economia, as chances de que na média o seu investimento será positivo é maior do que o contrário. O raciocínio é simples: conforme uma empresa vai mal, a outra, que passa por um momento melhor, anula o efeito negativo.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, esta estratégia também pode ser sintetizada em uma única ação de uma holding, já que ela tem como atividade principal a participação acionária em uma ou mais empresas. Assim, ao aplicar em uma holding, indiretamente você também investe em outras companhias.
“A grande vantagem da holding é diluir um pouco o risco do investimento, porque às vezes se um negócio não vai tão bem, outro acaba gerando um efeito positivo, o que não o deixa a mercê do desempenho de apenas um setor”, avalia Glauco Diniz.
Mais análise
Devido a esta peculiaridade, a análise de uma holding se dá de forma diferente. Neste caso, o investidor precisa analisar com atenção a saúde financeira de cada empresa e o desempenho dos setores que compõe o portfólio de participações.
“É um pouco mais trabalhoso porque é preciso fazer uma análise um pouco mais complexa”, diz Glauco, que também lembra a importância de acompanhar os projetos da holding para saber em quais setores ela têm investido.
Assim, o resultado da holding é reflexo das empresas que ela está administrando. “Não tem como ela conquistar um resultado excelente se as empresas que estão dentro dela não estão indo bem”, conclui Glauco.
Oportunidades A alternativa das holdings também cria outras oportunidades de ampliar ganhos, como explica Glauco Diniz: “O investidor tem que observar quanto valem as empresas investidas do portfólio na bolsa, se isso for possível, e comparar com a participação que a holding tem nessas empresas”.
Esta análise pode fazer com que o investidor encontre opções de investimento em holdings que sejam mais atraentes, ou seja, que estejam subavaliadas em relação a cotação das empresas que possui participação, abrindo um espaço para compra. “Caso contrário, é melhor aplicar nas próprias investidas”, afirma Glauco.
Além desta oportunidade, “às vezes as holding pagam mais dividendos do que as próprias empresas investidas”, conclui Glauco.