Segundo o empresário Glauco Diniz Duarte o assunto holding familiar e planejamento sucessório vem a cada ano ganhando mais importância no meio corporativo, na medida que empresários, sócios e administradores descobrem o quanto esse instituto é relevante para o desenvolvimento de sua atividade, possibilitando reestruturações societárias bem como a elaboração de sucessões familiares.
E o que seria uma empresa holding? A holding de maneira simples e objetiva pode ser conceituada como uma empresa constituída com a finalidade de deter participações societárias em outras empresas operacionais, podendo ser coligada, filiada, de simples participação ou controladora. Uma holding pode ser subdividida em holding pura e holding mista. A holding pura é aquela que possui como objeto social tão somente deter participação societária em outras empresas. Já a holding mista pode ser definida como aquela empresa que possui no objeto social além das participações societárias outra atividade complementar.
De acordo com Glauco, em especial nas empresas familiares, onde geralmente todo o patrimônio foi constituído pelo patriarca junto com a esposa e posteriormente com os filhos, a elaboração de um planejamento sucessório e uma reestruturação societária é de suma relevância para que o patrimônio seja transferido aos herdeiros de maneira segura e eficaz evitando a sua dilapidação.
Neste sentido, é recomendável uma reestruturação societária completa no grupo, incluindo todos os envolvidos na sucessão (patriarca, matriarca, filhos, netos). Se determinada família possui empresas operacionais, na qual a titularidade das quotas está em nome do patriarca, é inerente que seja feito sua sucessão, facilitando o processo de inventário e evitando que uma morte repentina e inesperada do patriarca cause transtorno e uma crise na administração, levando indubitavelmente a um retrocesso financeiro no grupo.
Desta forma, analisa Glauco. um empresário que elabore um planejamento sucessório mediante constituição de holding familiar estará pensando no futuro de seu patrimônio e, consequentemente, no futuro da sua família.
Deixar que o patrimônio construído ao decorrer da vida seja transferido aos herdeiros sem nenhum planejamento mediante inventário é um processo que se mostrou nebuloso para muitas empresas. A disputa pelos bens e pelo poder ocasiona uma crise de gestão, causando prejuízos a todos os envolvidos e ao patrimônio.
Por esse motivo, afirma Glauco, planejar a sucessão e a administração é a melhor maneira de garantir a perenidade e longevidade de uma empresa, propiciando as futuras gerações da família conforto e segurança, tanto financeiramente como juridicamente.