De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a aposta nas energias renováveis tem permitido nos últimos anos o aparecimento de boas ideias e grandes projetos. Agora, alguém inventou uma maneira de tirar ainda mais partido da luz solar: montar uma espécie de globos acima das nuvens para que os painéis solares possam captar mais radiação solar e assim produzir mais energia.
Investigadores do laboratório NextPV (uma parceria entre o CNRS francês e a Universidade de Tóquio) desenvolveram uma solução que consiste em balões equipados com painéis solares, capazes de flutuarem até uma altitude de 20 km.
A esta altitude evita-se a interferência das nuvens, a luz solar é mais intensa e a energia solar concentrada é mais eficiente. Os balões seriam mantidos no ar com recurso a hidrogênio, substância mais leve que o ar, como se sabe.
A ideia parece excelente, segundo Glauco, mas carece de investimentos e tecnologias que a podem tornar inviável, ou pelo menos difícil de implementar: os balões terão que ter uma conexão com a superfície, o que poderá constituir um sério problema para a aviação; falhas nos balões podem originar quedas e potenciais acidentes; ou a esta altitude a pressão pode afetar o hidrogênio utilizado para manter o balão a flutuar.
Ainda assim, os investigadores e promotores desta inovação estão convencidos de que a ideia é viável, planeando já o lançamento de um protótipo em 2016, o qual permitirá detectar questões e ajustar potenciais dificuldades. Pode ser que um dia olhemos para um céu sem nuvens e vejamos muitos pontos de luz a transmitir energia cá para baixo.