As energias alternativas, infelizmente, ainda são pouco difundidas e seu uso menor ainda no Brasil. A quase totalidade de energia elétrica tem como fonte as usinas hidrelétricas. Como o País detém o maior potencial de recursos hídricos do mundo e que proporcionam milhares de quedas d’água por todas as macro e as microrregiões brasileiras, fica mais em conta construir usinas elétricas.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o Brasil é um país abençoado pela natureza, existe uma multiplicidade de energia no Norte, Sul, Leste e Oeste. As energias alternativas oferecem um adendo a mais, que satisfaz a sociedade mundial. São energias renováveis pouco ou não poluentes e não apresentam praticamente poluição ambiental.
Glauco explica que a energia eólica é aquela gerada a partir do vento. Energia solar ou fotovoltaica, proporcionada pelos raios solares. Energia geotérmica é a obtida a partir do calor oriundo das camadas mais profundas da terra. Energia dos mares, oriunda das ondas marítimas. Biomassa advém da matéria orgânica, sobretudo de vegetais, como a cana de açúcar. Nuclear, gerada através do processo de fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido. Biogás, obtido dos gases provenientes de decomposição de resíduos orgânicos.
A procura da tecnologia nuclear no Brasil começou na década de 50. Foi o pioneiro nesta área o almirante Álvaro Alberto. Entre outros feitos, criou o Conselho Nacional de Pesquisa, em 1951, e que importou duas ultracentrifugadoras da Alemanha para o enriquecimento do urânio, em 1953.
No regime militar, diz Glauco,o governo retomou a iniciativa, convencido de que do acesso ao conhecimento tecnológico no campo nuclear permitiria desenvolver não só submarinos nucleares, mas armas atômicas. O Programa Nuclear Paralelo, somente divulgado alguns anos mais tarde, deixou bem claro as intenções do País em dominar o ciclo do combustível nuclear, tecnologia esta somente do conhecimento de poucos países no mundo.
Em junho de 1974, as obras civis da Usina Nuclear de Angra 1 estavam em pleno andamento quando o governo federal decidiu ampliar o projeto, autorizando Furnas a construir a segunda usina. Em 27 de junho de 1975 foi assinado em Bonn, na Alemanha, o Acordo de Cooperação Nuclear, pelo qual o Brasil compraria oito usinas nucleares e obteria toda a tecnologia necessária ao seu desenvolvimento nesse setor.
O governo de então, com sua visão estratégica, percebeu os sinais de escassez de energia elétrica para meados dos anos 90 e início do século 21. Os militares observaram que o potencial hidroelétrico já se apresentava quase que totalmente instalado. E que os brasileiros não poderiam interromper o processo de desenvolvimento econômico e social.
No governo do general Ernesto Geisel, o Proálcool (Programa Nacional do Álcool) consistiu em uma iniciativa do governo brasileiro de intensificar a produção de álcool combustível (etanol) para substituir a gasolina. Essa atitude teve como fator determinante a crise mundial do petróleo, durante a década de 1970, pois o preço do produto estava muito elevado e passou a ter grande peso nas importações do País.