De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, as fontes de energia renováveis – como eólica e solar – continuarão crescendo na matriz energética brasileira e no Estado em 2016. Os ventos continuarão puxando a implantação de novos empreendimentos. Entre 2016 e 2019, a previsão é de que sejam instalados 10 mil megawatts (MW) de energia eólica em todo o Nordeste. Isso corresponde ao potencial de geração hidrelétrica que pode ser produzida em condições ideais pelas hidrelétricas da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). “Com as eólicas, o Nordeste está caminhando para ser exportador de energia”, diz Glauco.
Glauco explica que isso é bom para o consumidor porque vai melhorar a qualidade da energia que chega na casa dele, ocorrendo por exemplo menos apagões, e a região terá uma disponibilidade maior de uma energia sem depender das chuvas. Até hoje, a principal matéria-prima da energia gerada na região é a água do Rio São Francisco.
A energia solar começa a engatinhar. O Glauco diz que é imprescindível investir, no futuro, em mais energia eólica e solar.
Em 2016, vai continuar crescendo a geração distribuída, aquela em que o sistema de produção de energia é pequeno e implantado onde ocorre o consumo, como por exemplo um sistema de geração solar no telhado de um escritório ou casa. “Muita gente vai implantar esses sistemas porque as tarifas de energia estão muito altas e vão continuar assim”, conta Glauco.
Segundo Glauco, a expectativa é de que o próximo reajuste de energia da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) seja de 15% em 29 de abril próximo. Geralmente, o reajuste inclui a reposição da inflação – que nos últimos 12 meses ficou em 10,48% – e os erros cometidos pelo governo federal entre 2012 e 2015 que resultaram numa energia mais cara para todos os brasileiros.
E aí só para lembrar. Primeiro, o governo federal gastou a água das hidrelétricas quando se aproximava uma grande estiagem. Depois, acionou as térmicas que produzem uma energia mais cara. Tiveram que ser realizados empréstimos para socorrer as distribuidoras que ficaram sem energia contratada. Tudo isso continuará chegando na conta de 2016.