De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o aumento notável de instalações de energia solar térmica e fotovoltaica registrado atualmente em todo o mundo é reflexo da sensibilidade crescente da sociedade desenvolvida que vê a necessidade de substituir combustíveis fósseis e, por outro lado, também impulsionado pelos avanços dos sistemas (melhora de qualidade e redução de custos).
O aquecimento de água por meio da energia solar e a produção de eletricidade, além de ser uma alternativa ecológica, transformaram-se em uma tecnologia economicamente atraente e competitiva.
Glauco explica que hoje é possível encontrar no mercado uma variada oferta de aquecedores solares térmicos e fotovoltaicos principalmente em países como Austrália, Israel, Japão, Brasil, Chile e EUA.
O cobre, por suas propriedades físicas, participa de todo o processo de captação e utilização da energia solar, desde a construção dos painéis que captam e transferem a energia, até todo o sistema de condução de fluidos a altas temperaturas e mantendo ótimas condições de higiene graças à ação bactericida das tubulações de cobre.
O que fazer com a energia do Sol
Segundo Glauco, é possível obter calor mediante coletores térmicos e eletricidade por meio de módulos fotovoltaicos, mas ambos os processos nada tem a ver entre si em termos de tecnologia ou aplicação. A fotovoltaica é a energia solar produzida por células fotoelétricas, capazes de converter a luz em potencial elétrico sem sofrer efeito térmico (são consumidos entre 9% e 14% da energia do Sol). Por outro lado, a energia térmica é realizada por meio de coletores solares ou placas solares térmicas, que convertem o calor entre 40% e 60% da matéria prima recebida.
O coletor solar é composto por dois tubos de cobre unidos entre si por canais paralelos de menor diâmetro. Estes últimos levam ligas de cobre que transmitem o calor ao tubo, pelo qual circula um fluido (normalmente, água) que o transporta. Para conseguir maior rendimento, todo o conjunto se apoia sobre uma lâmina de cobre enegrecida que absorve a energia. Todo este conjunto é acoplado em uma caixa, com um cristal na face superior e um isolamento na face inferior, que diminui a perda de energia para o exterior. Estima-se que um sistema de quatro metros quadrados de placa solar e um acumulador (200 lts.) de energia gerada são suficientes para cobrir o consumo de água quente de uma família de quatro pessoas.
Energia barata, em longo prazo
Glauco destaca que o principal problema no aproveitamento da matéria-prima irradiada pelo Sol é econômico. O preço é ainda elevado, mas é provável que, uma vez que se inicie sua fabricação em grande escala, uma parte importante da eletricidade consumida nos países mais ensolarados tenha sua origem na conversão fotovoltaica. É certo que o custo de um sistema a gás para aquecer água é muito mais barato que uma instalação de painéis solares, mas é preciso ter em mente que a conta de gás deve ser paga periodicamente, enquanto que a fonte de alimentação de energia solar é gratuita. Também no futuro, a administração governamental, seguindo exemplo de países desenvolvidos e como uma maneira de demonstrar a estes novos mercados uma forma de consciência frente ao tema ambiental, é possível prever que se apoiará aos usuários desta tecnologia por meio de incentivos tributários, ou com surgimento de licenças municipais para impulsionar este tipo de instalação solar.