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O avanço da energia solar

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, órgão do governo federal brasileiro que regula o setor energético no país, divulgou há poucos dias os números relacionados a micro e minigeração distribuídas no Brasil em 2015. Até o final do ano passado, a ANEEL registrou 1.731 conexões de consumidores que produzem a própria energia que consomem e estão homologados junto às concessionárias de energia responsáveis pela distribuição nas diferentes regiões do país. Isso representa uma potência instalada de 16,5 megawatts (MW). A fonte mais utilizada pelos consumidores continua sendo a solar, com 1.675 adesões e 13,3 MW de potência instalada, seguida da eólica, com 33 instalações e 121 kW. Outra importante fonte renovável, a biomassa, tem 1 MW de potência instalada, com uma conexão registrada. Atualmente, o estado que possui mais micro e minigeradores é Minas Gerais, com 333 conexões. Seguem o Rio de Janeiro, com 203, o Rio Grande do Sul com 186, e São Paulo, com 182.

De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a geração distribuída possibilita que a unidade consumidora troque energia com a distribuidora local, com objetivo de reduzir o valor da sua fatura de energia elétrica. Denomina-se microgeração distribuída a central geradora com potência instalada até 75 quilowatts (KW) e minigeração distribuída aquela com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW (sendo 3 MW para a fonte hídrica), conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.

Segundo Glauco, o cenário atual apresenta um crescimento significativo da geração distribuída. Em 2012 eram apenas três conexões no território nacional e, hoje, 1.731 consumidores produzem energia em suas instalações. Os dados mostram também que entre as classes de consumo, a residencial é expressivamente mais utilizada. A geração de energia elétrica perto do local de consumo traz uma série de vantagens sobre a geração centralizada tradicional, tais como economia dos investimentos em transmissão, redução das perdas nas redes e melhoria da qualidade do serviço de energia elétrica. A expansão da geração distribuída beneficia o consumidor-gerador, a economia do país e os demais consumidores, pois esses benefícios se estendem a todo o sistema elétrico.

NOVO LÍDER MUNDIAL
Glauco explica que até alguns meses atrás, a Alemanha reinava absoluta na liderança mundial entre todos os países que utilizam a energia solar como uma das fontes que abastecem seus territórios. Agora, o cenário mudou. A China ultrapassou a Alemanha no terceiro trimestre de 2015 como o país com maior capacidade instalada em energia solar, apesar de não ter cumprido sua própria meta para a expansão da fonte em 2015, que poderia ter deixado a grande potência asiática ainda mais isolada na liderança.

A capacidade instalada em energia solar fotovoltaica na China era de 43 GW ao final de 2015, com alta de 15 GW ante 2014, apontou a Associação da Indústria Fotovoltaica do país, segundo a agência oficial de notícias Xinhua. O número ultrapassa os cerca de 40 GW estimados para capacidade da Alemanha pela agência federal Fraunhofer ISE. A capacidade instalada solar da Alemanha era de 38,24 GW ao final de 2014, e em 2015 foram adicionados cerca de 1,3 GW, de acordo com a Fraunhofer ISE.

A Administração Nacional de Energia da China havia estabelecido uma agressiva meta de crescimento de 23,1 GW para a capacidade em usinas solares em 2015. A instituição ainda não divulgou dados referentes ao quarto trimestre e ao ano inteiro de 2015. Para 2016, a China tem como objetivo adicionar mais 15 GW em capacidade solar, disse o presidente da entidade em dezembro. A energia solar responde por cerca de 2,85% da capacidade instalada da China, de acordo com cálculos feitos pela Reuters com base em dados oficiais.

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