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Potencial da energia solar ainda é subutilizado no país

Glauco Diniz Duarte
Glauco Diniz Duarte

A participação da energia solar no sistema elétrico brasileiro ainda é tão pequena, 0,02%, que até a energia nuclear, representada pelas usinas de Angra 1 e Angra 2, é 70 vezes maior, ou 1,4% da capacidade instalada. Os dados são do resumo geral dos novos empreendimentos de geração elaborado pela Agência Nacional de Energia Elétrica Nacional (Aneel) que engloba a geração até dezembro de 2015.

O documento ainda informa que apenas em 2018 a energia solar vai aumentar sua participação no Sistema Integrado Nacional (SIN). Atualmente, são 34 usinas solares com capacidade de gerar 21 MW. Até 2018, porém, estão programados para entrar em funcionamento 41 empreendimentos fotovoltaicos, que vão aumentar em 1.172 MW essa participação. Mesmo assim, a energia solar ainda não deverá empatar com a nuclear, pois a produção das usinas de Angra dos Reis é hoje de 1.990 MW.

Segundo o empresário Glauco Diniz Duarte, a expectativa do setor é que a energia solar alcance 4% da participação no SIN até 2024. Ele ainda cita o acordo assinado pelo governo brasileiro na Conferência Mundial sobre o Clima (COP-21), que determina que a matriz energética do país terá 23% das fontes renováveis solar, eólica e biomassa, até 2030.

Mesmo com esses avanços, o potencial da energia solar ainda é subutilizado. “A energia solar no Brasil tem um potencial de geração que é maior do que a soma do potencial de todas as outras fontes de energia renováveis juntas”, afirma Glauco. Segundo ele, o potencial hídrico brasileiro é de 280 Gigawatts (GW), o eólico é de 300 GW, e o solar ultrapassa 10 mil GW. “Se usássemos células fotovoltaicas nos telhados brasileiros, a geração seria 2,5 vezes a necessária para abastecer todos os domicílios do país”, diz Glauco.

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