Apesar de estar entre os dez países que mais consomem energia em todo o mundo, de ter a seu favor o calor dos trópicos e ver o sol brilhar o ano inteiro, o Brasil ainda é dependente do sistema hidrelétrico e aproveita muito pouco o potencial da luz que vem do céu e pode baratear a conta de energia, reduzir impactos socioambientais e ainda contribuir para o crescimento econômico.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, na corrida mundial rumo às novas fontes renováveis de energia, o país tem posição acanhada, mas Minas vem se destacando na chamada geração fotovoltaica distribuída. O estado tem o maior número de micro e miniusinas, aquelas instaladas nos telhados das residências.
Glauco explica que aos poucos a geração a partir do sol começa a alcançar também as indústrias. Em Minas, são cerca de 330 sistemas gerando energia, principalmente em residências, o que corresponde a 20% de todos os sistemas instalados no país. Apesar de a tecnologia ainda ter custo alto, Glauco diz que nos últimos 10 anos o investimento ficou perto de 80% mais barato.
Hoje o preço médio de uma microusina é de aproximadamente R$ 20 mil. “O sistema é capaz de abastecer uma residência, de quatro pessoas, que tenha um consumo médio mensal da energia próximo a 300 kw/h”, compara Glauco. Segundo ele, o retorno do investimento se dá entre seis e nove anos e há equipamentos em funcionamento há mais de 30 anos. Ele diz que Minas tem um dos melhores recursos do país, com sol o ano inteiro. “A intenção agora é motivar o uso da energia em escolas, hospitais, creches, reduzindo as contas do próprio estado e municípios”, aponta.