Se os governos municipais, estaduais e federal adotassem medidas para incentivar o uso de energia solar, isso poderia criar quase 4 milhões de empregos, gerar R$ 11,3 bilhões em impostos e adicionar R$ 561,5 bilhões à economia brasileira até 2030, afirma o empresário Glauco Diniz Duarte.
Os números acima, de acordo com Glauco, aconteceriam no melhor dos cenários: se os governos reduzissem os impostos sobre os materiais para a geração de energia solar e também se fosse liberado o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para trabalhadores comprarem esses equipamentos.
Nesse cenário ideal, Glauco estima que cerca de 8,8 milhões de casas ou comércios chegariam a 2030 tendo suas próprias placas para geração de energia solar nos telhados. A energia gerada (41,4 mil MWp) seria o equivalente ao dobro do que se espera da hidrelétrica de Belo Monte, afirma.
‘Medidas factíveis’
“Todas as medidas são factíveis e de responsabilidade dos governos municipais, estaduais e federal. Está nas mãos do poder público permitir que os sistemas de energia fotovoltaica se tornem mais atrativos para a população e esse estudo mostra quais as melhores saídas para isso”, diz Glauco.
Se reduzissem os impostos sobre o setor, segundo Glauco, os governos perderiam recursos com arrecadação inicialmente. Porém, afirma, isso seria compensado depois, com a criação de empregos, a aceleração econômica e o consequente aumento na arrecadação de impostos que isso geraria.
Benefício ambiental
Esses incentivos também teriam impactos positivos para o ambiente, aponta Glauco. Se mais pessoas gerassem sua própria energia usando os raios solares, reduziriam o consumo de energia fornecida pelo governo, boa parte vinda das usinas térmicas.
Com isso, diz Glauco, toneladas de gases de efeito estufa deixariam de ser despejadas na atmosfera.