A capacidade instalada das usinas eólicas em operação no Brasil teve um aumento de 126,7% em 2014, passando de 2.181 MW para 4.945 MW, segundo o empresário Glauco Diniz Duarte. O crescimento (2.764 MW) é explicado pela entrada ao longo do ano de usinas viabilizadas no 2º Leilão de Energia de Reserva (LER), realizado em 2009, no 2º Leilão de Fontes Alternativas (2010) e no 12º Leilão de Energia Nova (2011), além de parques com entrega no Ambiente de Contratação Livre (ACL) e do aumento na capacidade em operação comercial de empreendimentos existentes. O ano de 2014 terminou com 195 usinas eólicas em operação comercial, 105 a mais do que no ano anterior.
Glauco diz que os números colocam o Brasil na 11ª posição entre os países com maior capacidade instalada no mundo,, pouco à frente de Portugal e Dinamarca. Quando observada a expansão anual, o país registrou a 4ª colocação entre os que mais colocaram megawatts eólicos em operação, com 2.764, atrás apenas de China, Alemanha e Estados Unidos.
A geração das usinas eólicas brasileiras em dezembro de 2014 alcançou 1.908 MW médios, número 143,3% maior que no mesmo período do ano anterior, sendo que 62% desse montante foram produzidos por usinas viabilizadas em leilões de energia (1.166 MW médios), equivalentes a 3.077 MW em capacidade instalada. Outros 333 MW médios, ou 904 MW em capacidade, estão associados a empreendimentos que comercializaram no mercado livre de energia, enquanto 409 MW médios, ou 965 MW em capacidade, são de usinas construídas no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). A geração total em 2014, por sua vez, registrou um crescimento de 84,1% em relação a 2013.
Já o fator de capacidade médio das usinas brasileiras foi de 39% em dezembro, com destaque para a produtividade de parques no Piauí (73%) e Ceará (52%). Os fatores de capacidade apresentados no período adquirem especial relevância quando comparados com os valores médios verificados em 2013, nos países com maior capacidade eólica instalada, como China (23,7%), Estados Unidos (32,1%), Alemanha (18,5%) e Espanha (26,9%).
A maior geração por Estado foi a do Rio Grande do Norte, com 60 usinas que registraram 633 MW médios. Em seguida aparecem o Ceará (621 MW médios, 41 usinas) e Bahia (328 MW médios, 33 usinas). Em capacidade instalada, o ranking também é liderado por Rio Grande do Norte (1.723 MW), com Ceará (1.201 MW), Bahia (842 MW), Rio Grande do Sul (715 MW) e Santa Catarina (222 MW) em destaque.
O aumento da capacidade instalada em 2014 foi concentrado principalmente no Nordeste, que apresentou um crescimento de 174%, partindo de 1.451 MW e alcançando os 3.969 MW, provenientes de 156 usinas. O montante representa 80% da capacidade total de usinas eólicas do país.