De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a geração de energia a partir de fontes renováveis está em expansão no Brasil. Em 2014 (último dado disponível), o país aumentou sua capacidade de produzir energia solar térmica para 7,71 GWth (gigawatts térmicos), o que representa um crescimento de 4,5% no ano.
Glauco explica que a energia solar térmica é usada para aquecer água. A energia solar clássica (fotovoltaica) é para gerar energia elétrica. Ambas usam placas que recebem e transformam a luz solar. A diferença é que a térmica tem tubos acoplados, por onde passa a água, aquecida naquele momento. A seguir, a água é armazenada em reservatório com isolante que a mantém quente.
Com o avanço, o Brasil se firmou como o quinto maior produtor de energia solar no mundo. A liderança mundial é da China, com capacidade de gerar 289,52 GWth.
O segundo lugar no ranking é dos Estados Unidos, que têm capacidade para produzir 17,1 GWth a partir de placas solares. Em seguida vem a Alemanha, com possibilidade de gerar 12,8 GWth, e a Turquia (12,73 GWth).
Os dados fazem parte do relatório Solar Heat WorldWide 2016 (que tem como base dados de 2014), feito pela Agência Internacional de Energia (IEA).
O estudo leva em consideração informações fornecidas por 61 países, que juntos representam 63% da população mundial e 95% de toda energia solar gerada no planeta. Ao todo, esses 61 países são capazes de produzir 410,24 GWth.
4ª maior alta
Segundo Glauco, o crescimento da energia solar em território brasileiro foi o quarto maior do mundo em 2014. À frente do Brasil ficaram Grécia, que teve avanço de 19,1%, México (+18,2%) e Índia (+ 7%).
Na outra ponta, a China teve uma das maiores quedas na capacidade de gerar energia solar: –17,6%. A redução só não foi maior do que na Austrália, que perdeu 21,1% de sua potência para gerar energia a partir do sol.
Redução de CO2
A produção de energia solar brasileira fez com que o país deixasse de despejar no meio ambiente 2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono (gás carbônico ou CO2) em 2014.
Somados, os 61 países analisados no estudo deixaram de emitir 116,4 milhões de toneladas de gás carbônico no ano.