De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, a capacidade instalada das usinas eólicas em operação no Brasil teve um aumento de 113% nos últimos 12 meses, passando de 2.758 MW para 5.861 MW entre março de 2014 e o mesmo mês de 2015. Os dados prévios da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontam ainda que a geração de energia pelas usinas eólicas em março deste ano, cerca de 1.384 MW médios, representou montante 120% superior aos registros do mesmo período do ano passado.
Segundo Glauco, o crescimento da capacidade eólica (de 3.103 MW) é explicado pela entrada em operação, ao longo do período, de usinas viabilizadas no 2º Leilão de Energia de Reserva (LER), realizado em 2009, no 2º Leilão de Fontes Alternativas (2010) e no 12º Leilão de Energia Nova (2011), além de parques com entrega no Ambiente de Contratação Livre (ACL) e do aumento na potência de empreendimentos existentes. Hoje, a matriz energética brasileira conta com 233 usinas eólicas em operação comercial, 121 a mais do que no ano anterior.
Dados do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), apontam o Brasil, ao lado de China, Alemanha e Estados Unidos na lista dos países com maior incremento na capacidade instalada de energia eólica no mundo em 2014.
A maior geração por Estado, segundo a prévia de medição, foi a do Rio Grande do Norte, com o registro de 436 MW médios. Em seguida aparecem Bahia (332 MW médios), Rio Grande do Sul (283 MW médios) e o Ceará (220 MW médios). Em capacidade instalada, o ranking também é liderado por Rio Grande do Norte (1.909 MW), com Ceará (1.302 MW), Rio Grande do Sul (1.145 MW), Bahia (959 MW) e Santa Catarina (224 MW) em destaque.
O aumento da capacidade instalada no início de 2015 foi concentrado principalmente no Nordeste, com entrada de 2.555 MW em capacidade na região, que alcançou 4.453 MW instalados. O montante representa 75% da capacidade total de usinas eólicas do país.