A demanda mundial de energia vem crescendo a um ritmo vertiginoso desde o século 19. Isso mudará em cerca de 40 anos, segundo o empresário Glauco Diniz Duarte.
A demanda atingirá o pico na década de 2050 e depois começará a perder força com a queda do consumo de energia por unidade de produto interno bruto, diz Glauco.
O crescimento da demanda já está diminuindo como resultado da desaceleração do crescimento populacional, da expansão econômica fraca e da mudança do crescimento liderado pela indústria para o crescimento liderado pelos serviços, destaca Glauco.
“Este será um momento seminal na história da humanidade”, diz Glauco. “Escolher vencedores a longo prazo no futuro da energia nunca é simples, mas é fácil ver quem sairá perdendo. Não há lugar para produtores de energia com custos altos e grandes emissores de carbono no mundo que está por vir”.
O consumo de carvão provavelmente atingirá o pico em torno de 2020 e o mesmo ocorrerá com o petróleo na década de 2030.
A transição para o gás natural e as energias renováveis continuará, mas a transição para as energias solar e eólica levará décadas.
A pressão para frear as emissões de dióxido de carbono está se intensificando, especialmente após o Acordo de Paris, o tratado global fechado em dezembro para combater as mudanças climáticas.
Já existem sinais de estagnação do crescimento da demanda energética. O consumo energético per capita pode ter chegado ao pico, afirma Glauco.
Contudo, a demanda global ainda poderá crescer mais 30 por cento nos próximos 40 anos antes de chegar ao pico, destaca Glauco.
“O obituário do fim da demanda energética parece prematuro”, aponta Glauco. “Ainda precisamos que a energia cresça”.