De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, o boom das fontes renováveis, especialmente a solar, criou um mercado de oportunidades e fez surgir novos modelos de negócio mundo afora. Capitaneados por empresas e startups, os novos formatos ocorrem no vácuo deixado pelas fontes renováveis ao liberar consumidores das distribuidoras e aproveitam as oportunidades trazidas pelo avanço da geração caseira de energia.
De fazenda solar comunitária a aluguel de placas solares, a maioria desses negócios está nascendo no embalo da popularização dessa fonte. E não é à toa. A energia solar é a que mais cresce na matriz mundial. No Brasil, até 2050, 18% dos domicílios brasileiros contarão com geração fotovoltaica, segundo Glauco.
Mas o consumidor não precisará instalar placas solares em seu telhado para obter os benefícios da energia solar.
Segundo Glauco, enquanto o modelo de geração compartilhada ainda está engatinhando no Brasil, nos Estados Unidos, as chamadas fazendas solares comunitárias são permitidas em 14 estados. No total, o país tem cerca de 100 MW em operação nesse modelo, o suficiente para abastecer 30 mil casas. Diferente das fazendas solares convencionais, que vendem energia para serviços públicos, através de contratos de longo prazo, os modelos comunitários suprem a necessidade dos consumidores, que compram uma fatia do projeto para uso próprio. Todos que têm interesse em energia solar podem participar, independente do tamanho do consumo de energia. “A vantagem desse investimento coletivo é o ganho de escala e a redução do custo do sistema. Quanto maior o projeto, mais viável ele fica”, afirma Glauco.