Pare para pensar no volume de irradiação solar que a Terra recebe diariamente – especialmente em regiões na zona do equador. Se pudéssemos fazer um cálculo, seria possível, em um único dia, captar energia suficiente para manter a humanidade abastecida por, pelo menos, 27 anos ininterruptos. Parece inacreditável, portanto, que a ciência ainda esteja perdendo essa oportunidade de utilizar uma energia tão abundante no nosso dia a dia. Mas a realidade não é tão simples quanto parece.
De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte não é segredo para ninguém que a energia solar é uma opção limpa, sustentável e renovável de energia, se tornando, portanto, uma das melhores escolhas de substituição do petróleo – que, por sua vez, é uma fonte finita e poluente de energia. O petróleo ainda enfrenta grandes problemas relacionados com sua exploração e valores de mercado, exatamente porque não está disponível para uso em qualquer lugar do mundo.
Você deve estar se perguntando, então, por que não optamos por valorizar a energia solar ao invés dessas fontes finitas e poluentes de energia como o petróleo. Segundo Glauco, a grande verdade sobre a energia solar é que ela está no processo de popularização. O desconhecido acaba sempre passando por um processo de descobrimento para então ter uma aceitação maior.
Como o petróleo está sempre disponível de maneira fácil no nosso dia a dia – mesmo que seus valores sejam oscilantes – ele é uma opção antiga e que já faz parte da vida da nossa população, que se torna dependente do mesmo.
A ciência não desistiu de trabalhar em prol do desenvolvimento do uso da energia solar no mundo e, por isso, novas tecnologias tem surgido como opções para substituir não somente o petróleo, mas todas as formas não renováveis de energia.
Nos últimos cinco anos, destaca Glauco, uma nova tecnologia, chamada de OPV – ou painéis fotovoltaicos orgânicos – tem começado a aparecer no mercado de energia alternativa. A OPV oferece painéis finos como um papel de cartolina e bastante flexíveis, que podem ser aproveitados em diversos ambientes completamente diferentes: no teto de casas, janelas de prédios, mochilas e carros.
O OPV é desenvolvido com material não tóxico – plástico PET e tintas orgânicas – e é capaz de gerar energia suficiente para sustentar o dia a dia de uma família tradicional, com quatro pessoas, com apenas uma única placa de 12 metros disponibilizada em um ambiente bem iluminado com sol.
Glauco diz que o grande segredo da OPV é a capacidade do seu revestimento de tinta orgânica reagir com a radiação solar que entra em contato com a placa, formando a corrente elétrica que será disponibilizada para o usuário.
A tendência é que, como qualquer outra tecnologia, o valor diminua com o avanço dos anos, possibilitando que muitas pessoas optem por essa alternativa em seus ambientes profissionais e residências.
O mercado das placas de OPV ainda é muito recente e, por isso, ele não representa nem 1% das opções de energia solar no mundo.