O empresário Glauco Diniz Duarte destaca que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou um balanço sobre a política de incentivo à microgeração de energia. Segundo Glauco, o Brasil bateu em agosto a marca de 5 mil instalações, com uma potência instalada de 47 mil quilowatts. Os números são positivos e mostram que houve um salto nas instalações entre 2015 e 2016: até setembro do ano passado, só contávamos com 1.200 instalações.
Glauco explica que a microgeração de energia foi regulamentada em 2012, por uma resolução da própria Aneel. Os consumidores podem instalar painéis solares em suas casas, gerando sua própria energia. Além disso, o painel é conectado à rede elétrica. Assim, quando o consumidor não está precisando usar a energia – por exemplo, numa tarde ensolarada em que os moradores estejam fora da residência –, o painel envia essa eletricidade para a rede, e o consumidor ganha créditos, como se estivesse “vendendo” energia. No começo do ano, essa resolução foi atualizada, permitindo a geração em condomínios.
A Aneel permite a microgeração para uma série de fontes, mas a que mais se beneficia é a solar. Segundo os números, das 5.040 conexões existentes, 4.955 são de energia solar. As demais se dividem em biomassa, hidráulica e eólica.
Minas Gerais é o estado que mais se destaca em microgeração de energia solar no Brasil, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul.
Segundo Glauco, esse crescimento não é por acaso: Minas foi o primeiro estado a acabar com a cobrança dobrada de imposto da energia solar, ainda em 2013. Hoje, o estado conta com um quinto de todas as instalações no país. Outros estados seguiram o caminho de Minas, e atualmente apenas sete estados brasileiros mantêm a dupla tributação para a energia solar. A ONG Greenpeace tem uma lista mostrando quem são.
Os dados divulgados pela Aneel são positivos, mas ainda estamos longe de nos tornar uma potência da energia solar. Só para uma comparação, os Estados Unidos têm mais de 400 mil conexões.