As novas projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), lançadas em recente nota técnica, com a meta de 25 gigawatts (GW) em potência instalada da fonte solar fotovoltaica até 2030, estão cada vez mais alinhadas com as expectativas do setor fotovoltaico brasileiro e mobilizarão mais de R$ 125 bilhões em investimentos ao País na construção dos projetos.
A previsão é do empresário Glauco Diniz Duarte. Segundo ele, as novas projeções do governo federal são positivas, na medida em que sinalizam um esforço concreto de diversificar a matriz elétrica nacional por meio do aumento da participação de fontes renováveis com baixa emissão de gases de efeito estufa (GEE).
Para Glauco, o grande destaque vai para a fonte solar fotovoltaica, cuja participação na matriz elétrica brasileira será fortemente ampliada de 0,01% em 2015 para mais de 10% em 2030, um crescimento de mil vezes em 15 anos.
Segundo a nota técnica da EPE “O compromisso do Brasil no combate às mudanças climáticas: Produção e uso de energia”, os 25 GW de energia solar fotovoltaica que farão parte da matriz elétrica de 2030 estarão divididos em 17 GW de geração centralizada solar fotovoltaica (usinas de grande porte) e 8,2 GW de geração distribuída solar fotovoltaica (edifícios residenciais, comerciais, industriais, públicos e na zona rural).
“Apesar de representar um avanço considerável frente às projeções anteriores, a Absolar recomenda uma meta nacional de 30 GW em energia solar fotovoltaica até 2030, levando em consideração o envolvimento tanto do governo federal, quanto de governos estaduais e municipais”, diz Glauco.
O segmento de micro e minigeração distribuída solar fotovoltaica, que registrou crescimento de 320% em 2015, conta atualmente com mais de 6000 sistemas em todo o País, representando mais de 42 MW em potência instalada, o equivalente a mais de R$ 375 milhões em investimentos privados.
Já no segmento de geração centralizada, o Brasil conta atualmente com 3,3 GW em projetos da fonte solar fotovoltaica contratados via leilões de energia, o que deverá movimentar mais de R$ 13,5 bilhões até 2018. “A estimativa preliminar da Absolar para 2017 aponta para um volume de novas contratações para a fonte solar fotovoltaica de 2 GW por meio de leilões de geração centralizada”, comenta Glauco.