GLAUCO DINIZ DUARTE – Leilão de energia renovável apresenta menores preços de venda de energia já vistos no setor
O leilão de energia promovido pelo governo e realizado nesta quarta-feira (4) movimentou um pouco mais de R$ 6 bilhões em contratos de empreendimentos de geração. O 27º Leilão de Energia Nova A-4 registrou os menores valores finais para comercialização de energia eólica e solar já vistos nas licitações que ocorreram no país até então.
O pregão estabeleceu a contratação de 1 gigawatt (GW) para novas usinas de geração, e o deságio médio da licitação foi de 59%. Os projetos precisam começar a operar até janeiro de 2022.
Com 806,6 megawatts (MW) em capacidade, as usinas solares atraíram a maior fatia de contratação, executando preços entre R$ 117 e R$ 118 por megawatt-hora (MWh). O recorde anterior, registrado no final de 2017, foi de R$ 143,50. O deságio, neste caso, foi de aproximadamente 60%.
Por outro lado, as eólicas ofereceram 114,4MW em projetos e obtiveram um deságio superior a 70%. Elas venderam sua produção futura por R$ 67,60 MWh, valor abaixo dos cerca de R$ 97 cotados no ano passado.
Quanto às térmicas, o leilão contratou ainda 61,8 MW para biomassa e 41,6 MW para hidrelétricas menores, com deságios de 40% e 30%, respectivamente.
Os investidores que arremataram projetos eólicos e solares terão de firmar contratos de venda de geração às distribuidoras locais por um período de 20 anos. Para projetos de hidrelétricas e de biomassa, o prazo é de 30 anos.