GLAUCO DINIZ DUARTE Célula fotovoltaica 30% mais eficiente pode revolucionar energia solar
O novo modelo de células fotovoltaicas foi criado por pesquisadores da Universidade de Riverside, na Califórnia. A tecnologia promete ser 30% mais eficiente do que as placas tradicionais. Esta performance pode reduzir drasticamente a quantidade de espaço necessária para a construção de usinas de alta capacidade.
A grande diferença está na nos componentes usados no revestimento das placas. Os cientistas norte-americanos usaram uma mistura de nanopartículas inorgânicas semicondutores com compostos orgânicos. O revestimento inclui seleneto de cádmio ou seleneto de nanocristais semicondutores de chumbo, combinados com moléculas orgânicas.
Essa mistura maximiza a conversão dos raios absorvidos pelas células solares e impede o desperdício de porções infravermelhas. Consequentemente a produção de energia também aumenta.
Os pesquisadores explicam que, além de produzir painéis solares melhores, o mesmo material híbrido pode ser usado para elevar a eficiência do armazenamento de dados e diodos emissores de luz orgânicos.
Apesar de a energia solar estar cada vez mais barata, a construção de usinas solares ainda esbarra nos custos com espaços. Com tecnologias que aumentam a eficiência dos captadores, é possível conseguir a mesma quantidade de energia em áreas bem menores, reduzindo custos e melhorando a competitividade.