GLAUCO DINIZ DUARTE O impacto da Energia Fotovoltaica para a economia brasileira
O aumento significativo nas contas de energia elétrica decorrente da alta do consumo e da crise hídrica que o Brasil enfrenta, tem gerado maior interesse e necessidade de se fazer uso de novas fontes de energia. Uma alternativa para economizar pode ser a substituição do sistema tradicional pela Energia Fotovoltaica.
O mercado brasileiro de Energia Fotovoltaica está em plena ascensão. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o setor deve ter um aumento de 44% na capacidade instalada em 2019, ultrapassando a marca de 3,3 gigawatts (GW) e atraindo ao país mais de R$ 5,2 bilhões em investimentos privados. O faturamento do mercado como um todo deve ter um aumento de 88,3%, em comparação a 2018.
Com benefícios diretos como a facilidade de recuperação do investimento, por meio da economia na conta de energia; proteção contra aumentos de tarifa; valorização do imóvel e o compromisso com o meio ambiente, a alteração da matriz energética tem se tornado um bom investimento e uma alternativa cada mais vez mais atraente e acessível para o bolso do brasileiro.
O Brasil possui um grande potencial para explorar esta rica fonte de energia. Em muitas regiões do país existe espaço disponível e alta incidência solar, ambos fundamentais para a implantação desta tecnologia. Em outros países com bem menos potencial, a energia solar representa uma fatia significativa na geração de energia. Contudo, no Brasil, o uso dessa fonte equivale a somente 1% do total gerado. Além disso, esse tipo de energia é sustentável, ou seja, “limpa”. Portanto seu uso gera menos impacto para o meio ambiente.
Os países em desenvolvimento foram os que mais avançaram no uso dessa alternativa. Brasil, México e Jordânia, por exemplo, viram sua capacidade duplicar no ano de 2016. Mas o líder no uso de energia solar é a China, produzindo 130 GW enquanto o Brasil não chega a 2GW. Fábricas chinesas produzem painéis solares, portanto, o país incentiva o uso dessa matriz energética por outras regiões afim de que suas demandas aumentem.
Incentivos para a produção de energia limpa.
Os incentivos governamentais têm ajudado a impulsionar o crescimento do mercado fotovoltaico no país. Hoje, no Brasil, existem diversos estímulos oferecidos pelo governo para pessoas e indústrias produzirem energia limpa. Programas do Ministério de Minas e Energia e da Caixa Econômica Federal, por exemplo, oferecem linhas de crédito e parcelamento para instalação de energia solar em até 20 anos.
No panorama de captação de energia solar no Brasil, a primeira resolução normativa, publicada pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica – em 2012, foi considerada um marco histórico, ao permitir que consumidores possam gerar e consumir sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis. Neste ano, o órgão tem realizado audiências públicas para regulamentar a microgeração e minigeração de energia fotovoltaica.
A energia solar se caracteriza como uma boa alternativa por se tratar de uma fonte renovável. Quando comparada à hidrelétrica, a opção fotovoltaica é atrativa principalmente para estados que sofrem estiagem como São Paulo, por exemplo. Lembrando também do peso para a sustentabilidade. A energia gerada em usinas hidrelétricas causa impactos ambientais, trazendo prejuízos para as represas. Por isso, existe o esforço para que se crie uma conscientização da importância do uso dessa tecnologia.