Glauco Diniz Duarte Grupo GD – Energia fotovoltaica sao jose do rio preto
A captação e distribuição de energia solar em grande escala pode ser realidade muito em breve no noroeste do Estado de São Paulo. Empresas estrangeiras mostraram-se interessadas em investir na região, segundo o secretário de Energia, José Aníbal.
Ele se reuniu com grupos de empresários durante o 1º Seminário Internacional sobre Biomassa, Biogás e Eficiência Energética, que terminou nesta sexta-feira, em São Paulo.
Barretos (423 km de SP), Araçatuba (527) e São José do Rio Preto (438) foram apontadas como as cidades paulistas mais capacitadas para receber investimentos voltados para esse tipo de energia.
A região é considerada a melhor faixa de incidência solar do Estado, segundo o Levantamento do Potencial da Energia Solar Paulista.
O estudo, composto de 25 mapas, foi criado com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e análise técnica da Secretaria Estadual de Energia.
A incidência do sol é medida em KW h/metro quadrado/dia. Em uma escala de 4,3 a 5,6, a região noroeste tem média de 5,5. O litoral, do lado oposto da escala, tem média de 4,5.
O levantamento aponta ainda que o Estado tem luz solar suficiente para abastecer 30% do atual consumo residencial de São Paulo.
INDEPENDÊNCIA
De acordo com o governo estadual, investimentos em energias alternativas, que incluem a solar e a eólica, ajudariam a amenizar os problemas gerados pela dependência das hidrelétricas.
“São Paulo tem 56% de energias renováveis e pretende chegar em 2020 a 69%, por isso precisamos de fontes alternativas para avançar nessa meta”, diz José Aníbal, via assessoria de imprensa.
Mas gerar energia solar no Brasil é caro: entre R$ 250 e R$ 300 cada megawatt-hora, três vezes mais que a energia das usinas hidrelétricas (R$ 100 o megawatt-hora).
De acordo com o governo, esse custo pode ser reduzido pela metade com investimentos de empresas internacionais. Para atraí-los, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a redução de ICMS e a suspensão de impostos para insumos utilizados no setor.
A Dya Energia Solar, empresa do grupo Tecnometal, investirá R$ 21 milhões em uma usina de energia solar em Itajobi (a 393 km de São Paulo). A construção deve começar este ano.
USINA DE CAMPINAS
Uma das maiores usinas de energia solar brasileira está no interior paulista.
Inaugurada no ano passado, a usina Tanquinho, em Campinas (93 km de São Paulo), é capaz de gerar aproximadamente 1,6 GWh/ano, o que abastece em média 650 residências.
Segundo a CPFL, proprietária da fábrica, a usina é a maior de energia solar do país. Custou R$ 13,8 milhões e foi inaugurada em novembro.
No município, também está a única fábrica brasileira de painéis fotovoltaicos, responsáveis por captar e absorver os raios solares e transformá-los em energia.