Glauco Diniz Duarte Grupo GD – porque energía fotovoltaica
Atualmente, nossa sociedade global passa por uma transição energética, em que o modelo baseado nos combustíveis fósseis vem sendo substituído gradativamente por novas matrizes energéticas renováveis. Menos poluentes, elas são vitais para o alcance da meta estabelecida no Acordo de Paris, sobre manter a elevação da temperatura média no mundo em menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais. Nesse contexto, a energia fotovoltaica se destaca.
Isso porque ela produz energia limpa após captar raios solares por meio de painéis, ou seja, utiliza uma das maiores fontes que temos disponíveis: o Sol. Nesse contexto, tem ganhado espaço a energia gerada por Organic Photovoltaic (OPV), ou painéis orgânicos fotovoltaicos.
Quer saber por que o OPV merece atenção especial e como contribui para a transição energética em prol de um futuro melhor? Continue lendo e veja o que preparamos!
Em que etapa desse processo está a energia fotovoltaica?
O relatório “BP Statistical Review of World Energy — Junho de 2018” apontou que entre 2016 e 2017, a energia renovável se expandiu 17%. A solar foi responsável por cerca de um terço desse crescimento, embora representasse apenas 21% do total produzido.
Nesse meio, a energia solar fotovoltaica evoluiu bastante nos últimos anos. De acordo com dados de outro estudo, o “Renewables 2018 — Global Status Report”, a capacidade de produção desse tipo passou de apenas 8 Gigawatts, em 2007, para 402 Gigawatts, em 2017. Um crescimento de aproximadamente 50 vezes. Isso significa que há um processo global contínuo de aumento na produção e no uso desse modelo de energia limpa, em substituição a outros tipos poluentes, não sustentáveis e até mais caros.
Um exemplo é a Alemanha, que, em 2018, passou a ter cerca de 40% de sua energia elétrica proveniente de fontes renováveis, superando, inclusive, a gerada por meio de carvão. Sua meta é obter 65% até 2030. Outro caso é a Espanha, que lançou a meta de ter 100% de sua energia produzida por meio de recursos renováveis, até 2050. Um de seus objetivos é descarbonizar a economia do país.
Por falar em carvão, nos EUA, 74% da produção de eletricidade baseada nessa fonte já é mais custosa do que a energia de fonte eólica e solar. A expectativa é que, até 2025, quase todo o sistema de produção com base em carvão seja mais caro.
Dentro do modelo de energia solar, os Filmes Fotovoltaicos Orgânicos são a terceira geração de células solares. São a opção mais “verde” para produção de eletricidade, pois cada metro quadrado de OPV evita que 120 Kg de CO2 sejam emitidos anualmente.
Além disso, são compostos por materiais orgânicos, não-tóxicos e presentes em abundância na natureza. Isso os torna mais sustentáveis. Também contribui para esse fator o seu processo produtivo, que tem uma baixa demanda energética (só 1.4 MJ/Wp), bem como a menor pegada de carbono. O valor chega a ser de 10 a 20 vezes inferior aos das tecnologias solares tradicionais.
O potencial do OPV é grande, tanto que há a expectativa de que o seu mercado, a nível global, tenha uma taxa de crescimento anual (CAGR) de aproximadamente 29,5%, entre 2018 e 2025. Dessa forma, passando de US $43 milhões, em 2018, para US $340 milhões até o final de 2025.
Por que energias renováveis ganham espaço ao redor do mundo?
As energias renováveis geram uma série de benefícios, além de serem necessárias para a preservação do meio ambiente. Tanto que a transição energética global já é visível em diversas regiões e mercados, como nas construções mais frequentes de parques de energia eólica e solar, no surgimento de projetos grandes para instalação de adesivos de energia fotovoltaica, na venda de carros elétricos etc. Isso ocorre por conta de diferentes fatores, como:
aumento de ações de conscientização climática junto à sociedade;
ampliação no uso de tecnologias integradas à cidade para produção de energias renováveis por parte das próprias pessoas — como na fixação de adesivos ou filmes de energia fotovoltaica solar, como OPV, em fachadas de prédios, claraboias, automóveis, cobertura de estacionamento, mobiliário urbano, etc
estagnação das emissões de CO2 por fontes energéticas em anos recentes, segundo dados da Agência Internacional de Energia, presentes no relatório “15 Signals: Evidence The Energy Transition is Underway”, da WWF. Alguns motivos disso são o declínio da indústria energética baseada em carvão, nos principais países emissores de poluentes, e o aumento na eficiência energética de fontes renováveis;
empresas que vêm se dedicando a bater metas de redução de poluentes, em busca de certificados que mostrem que há comprometimento com o mundo. Por exemplo, a certificação LEED, ou Leadership in Energy and Environmental Design — Liderança em Energia e Design Ambiental.
Como o Brasil está nessa iniciativa?
Espera-se que o Brasil tenha um salto de 44% em sua capacidade instalada de energia solar, em 2019, atingindo o valor de 3,3 Gigawatts de fonte em operação.Isso graças à chamada geração distribuída, em que placas solares (de energia fotovoltaica) são instaladas, por consumidores ou empresas, dentro de seus imóveis para produzirem eletricidade.
É possível utilizar outras fontes de energias renováveis ou cogeração qualificada. Todavia, o objetivo costuma ser o mesmo: atender à demanda energética de suas casas, lojas, plantas industriais etc. Vale destacar que, na geração distribuída, o excedente elétrico pode ser fornecido à rede de distribuição local.
Aliás, no Brasil, quando a produção de eletricidade é superior à energia utilizada no mês, sendo injetada no sistema de distribuição local, o consumidor recebe créditos que podem ser aplicados para reduzir sua fatura em meses posteriores. Isso está definido no Artigo 6°, Inciso IV, § 1.º, da Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012.
Há também, no país, grande investimento empresarial em infraestrutura ligada à transição energética. Um exemplo está em Cajamar (SP), na sede da Natura, em que serão instalados 2 mil metros quadrados de Filmes Fotovoltaicos Orgânicos, fazendo desse o maior projeto global com o uso desse tipo de tecnologia.
O Brasil também já se tornou o 10º no ranking mundial de nações que mais utilizam a energia do Sol como fonte energética. Em 2017, recebeu US$ 6,2 bilhões em investimentos em energia solar, o que mostra que o setor tem recebido destaque. Aliás, até 2030, o mercado de energia fotovoltaica poderá movimentar aproximadamente R$100 bilhões.
Por que essa é a hora da sua empresa investir em energia solar?
Além do setor cada vez mais promissor e do declínio no uso de tecnologias muito poluentes, há uma cobrança maior por parte do mercado consumidor em relação à postura ambiental das empresas.
Espera-se que as marcas adotem atitudes sustentáveis em sintonia com as demandas de proteção do meio ambiente, a fim de diminuir a pegada de carbono e os danos causados à atmosfera por causa da emissão de gases poluentes.
Algumas matrizes energéticas também tendem a se tornar mais caras, como no caso citado do carvão, enquanto que outras renováveis, como a energia fotovoltaica, poderão se tornar mais baratas à medida que cresce a procura e o investimento nelas.
Por fim, vale destacar que a energia fotovoltaica, em especial o OPV, é uma das mais vantajosas para a empresa. Isso porque, além dos benefícios apontados, pode ser personalizada para se adaptar à estrutura do negócio. Dessa forma, dá para empregá-la em harmonia com o design de fachadas e de infraestruturas externas, até mesmo para embelezamento desses locais.