Glauco Diniz Duarte Grupo GD – porque energia solar ainda pouco difundida brasil
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, pesquisadores da Universidade Técnica da Dinamarca (DTU), do Instituto Tecnológico Dinamarquês e de uma série de empresas parceiras decidiram dar um passo além na disseminação de fontes limpas de eletricidade com a criação de painéis de energia solar em diferentes cores. Não se trata de mero capricho estético: com esse passo evolutivo, as placas darão opções adicionais aos arquitetos, o que pode significar a adoção de energia solar em edifícios que não previam essa alternativa em seu projeto original.
“O uso de eletricidade nos edifícios representa quase 40% do consumo total de energia na Dinamarca. A integração de células solares nos materiais de construção é, assim, cada vez mais importante no objetivo [do país de se] tornar independente dos combustíveis fósseis até 2050”, explica Peter Poulsen, da DTU Fotonik, que lidera as pesquisas.
Esta não é a primeira tentativa de se criar células solares com diferentes cores; a ideia tem sido testada na Dinamarca e também no exterior. No entanto, os cientistas ainda não conseguiram superar o desafio da perda de eficácia: segundo os pesquisadores da DTU, a coloração tem invariavelmente reduzido a capacidade das células solares de capturar a luz solar.
Poulsen conta que a Danish Solar Energy, empresa dinamarquesa especializada no desenvolvimento de painéis fotovoltaicos, criou um novo método para a fabricação de módulos de células solares coloridas. “Com essa inovação, as células solares são instaladas atrás de um filme transparente especial, que as oculta e tem muito pouco impacto em seu desempenho”, conta Poulsen. “O filme tem a vantagem de poder vir na cor desejada. E esse é o método que agora estamos ajudando a refinar com a nossa pesquisa.” Os protótipos têm sido testados em um laboratório de células solares que acaba de ser construído no campus da DTU Risø.
Com o desenvolvimento de placas solares em diferentes cores, os arquitetos poderão, em um exemplo hipotético, criar prédios totalmente cobertos por esses painéis, que hoje costumam ocupar apenas o topo dos edifícios – por causa de seu melhor posicionamento em relação ao sol, mas também porque, assim, eles não ficam à vista de quem está nas ruas. A expectativa dos pesquisadores dinamarqueses é que os módulos com células solares coloridas sejam apresentados já no ano que vem.