Glauco Diniz Duarte Grupo GD – por que energia solar é cara
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, no apagar das luzes de sua gestão, o ex-presidente Michel Temer publicou, em 28 de dezembro de 2018, um decreto que reduzirá, gradualmente, alguns dos subsídios embutidos na conta de luz. Um dos pontos está ligado à suspensão de dois descontos fornecidos ao mesmo tempo para os consumidores de classe rural, irrigação e aquicultura; que realizam suas atividades destinadas à irrigação, em horário especial e que pertencem ao grupo B.
Antes, esses consumidores possuíam um desconto acumulado nas tarifas B1 (30%) e B2 (73%). A nova regra determina que o desconto seja efetuado apenas na tarifa B1, variando de acordo com o horário. Os clientes rurais que realizam as atividades de irrigação no período entre 21h30 e 06h da manhã passam a ter o desconto de 73% sobre a tarifa B1. Nos outros horários o valor da tarifa B1 permanece com 30% de desconto.
Com isso, aumentam os custos fixos da fazenda, diminuindo a competitividade da empresa agrícola no mercado. Neste contexto, a energia solar se mostra uma das estratégias mais inteligentes no controle das despesas.
Energia solar e irrigação: redução de custos e aumento da competitividade
“Há uma imensa disponibilidade de luz e radiação solares. Muito ao contrário da disponibilidade de água para geração de energia em hidrelétricas, algo que tem gerado grande preocupação entre os players. Sem um sistema fotovoltaico à disposição, o agronegócio no Vale fica à mercê das flutuações nos preços estabelecidos pelas concessionárias e pela ANEEL em tempos de crise hídrica”, observa o diretor da Sanpower Energia Solar, Alysson Farias.
Sistemas de bombeamento, pivôs de irrigação, motores em geral, cercas elétricas e o funcionamento de câmaras frias deixam de ser uma despesa imediata. Até mesmo a energia consumida pelas casas das fazendas, por exemplo, pode ser fotovoltaica.
Caso o produtor rural faça um financiamento das placas e da instalação, passará entre 5 e 10 anos pagando o equivalente à conta de luz pré-energia solar nas parcelas dos equipamentos.
“O valor mensal deste parcelamento tende a ficar igual ou até menor que a antiga conta de energia. Depois, passa a produzir energia limpa e com baixo custo de manutenção. Os módulos fotovoltaicos tem vida útil de até 30 anos. Ou seja: o produtor rural tem, em média, 23 anos para aproveitar os benefícios e até 95% de desconto em suas contas de luz”, adiciona Farias.
Neste período de parcelamento do sistema fotovoltaico, as despesas com energia sofrem variações quase imperceptíveis. Situação bem diferente de quem usa energia advinda das hidrelétricas. “A conta de energia destas pessoas sofre flutuações constantes e é reajustada, todos os anos, de acordo com os índices de inflação – que fica sempre acima dos 10%”, complementa o empresário.
Com despesas reduzidas, a empresa ganha em dobro. “O dinheiro, antes dissolvido em boletos, pode ser reinvestido em novas tecnologias no campo. Com a energia solar espalhada pela propriedade, é possível investir em agricultura de precisão e monitorar as áreas de trabalho em tempo real. E mais: adquire um selo de “sustentável” pela geração de energia limpa e renovável – algo de grande valia para os consumidores atuais”, observa Alysson Farias.
Energia solar e irrigação: linhas de financiamento
O Banco do Nordeste dispõe do FNE Sol, com prazo para pagamento de até 12 anos e carência de até 06 meses. Pode-se financiar até 100% do investimento, dependendo do porte do cliente, localização e garantias.
Mais recentemente, foi lançada mais uma linha via Banco do Brasil Têm acesso ao Programa Agro Energia produtores rurais (pessoas físicas e jurídica) e cooperativas do agronegócio e também pode-se financiar até 100% do investimento.