Glauco Diniz Duarte Grupo GD – são fontes de energia renovavel
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, as fontes de energia renováveis têm uma grande vantagem: são inesgotáveis. Elas se mantêm durante um prazo maior, se reabilitando ou permanecendo com suas características naturais de forma perene.
Com isso, seu uso tem se desenvolvido bastante nos últimos anos, tanto em casas quanto em instalações comerciais e industriais.
Diversos materiais podem estar nessa classificação, como:
Biomassa;
Ondas e marés;
Vento;
Água;
Energia geotérmica.
Vale destacar que todos estes itens são naturais, mas nem todos os recursos se renovam com o tempo. O petróleo, urânio e o carvão, por exemplo, podem ser classificados dessa maneira, mas podem se esgotar de acordo com o uso.
A seguir, conheça melhor cada uma dessas fontes de energia renováveis e veja como elas podem ser usadas.
Tipos de energia renovável
Alguns dos itens que você verá a seguir já estão bastante popularizados. Mesmo em regiões nas quais esses tipos de energia ainda não foram adotados em larga escala, as pessoas, pelo menos, já ouviram falar nelas. Com isso, podem cogitar usá-las no futuro.
Você terá mais informações sobre energia eólica, geotérmica, biomassa, solar, ondas e marés e, para começar, o texto abordará a hídrica.
Energia hídrica
Também chamada de energia hidráulica, pode ser confundida com a hidrelétrica, a modalidade mais utilizada no Brasil. Porém, a diferença está na forma pela qual o resultado é obtido: a hídrica é efeito da energia potencial ou cinética da massa de água.
A fonte de energia renovável, neste caso, é a água em movimento. Assim, ela está em rios e lagos, principalmente através de qualquer tipo de desnível, como uma queda d’água.
Os equipamentos usados para este fim são o moinho de vento e a turbina hidráulica. Esta, inclusive, pode acionar equipamentos como o gerador elétrico e o compressor e, consequentemente, gerar energia da forma que todos conhecem.
Suas principais vantagens, além de ser uma fonte de energia renovável, são:
A água não utilizado poder irrigar plantações;
Não haver oscilação de preços de acordo com os combustíveis fósseis, como diesel ou gasolina, pois não há o uso desses elementos;
A emissão de poluentes ser inexistente;
O custo operacional compensar bastante, pois as usinas já passaram pelo processo de automatização.
Energia solar
Como o nome diz, a fonte de energia renovável é o calor e a luz do Sol. Existem diversas formas de captação desses elementos para transformá-los no resultado final, como a arquitetura solar, fotossíntese artificial, energia heliotérmica e a solar fotovoltaica.
Na energia heliotérmica, o processo se dá de forma indireta, com a geração da térmica antes da elétrica; já na fotovoltaica, não há esse passo intermediário.
De acordo com a forma através da qual há a captação, conversão e distribuição da energia, as tecnologias podem ser ativas ou passivas.
Os painéis são os meios mais usados para a obtenção da energia solar. Nas usinas heliotérmicas, são adotados concentradores solares térmicos e os aquecedores solares também estão em pauta.
Nos últimos anos, há um interesse muito grande na energia solar, o que pode aumentar o investimento na criação de novas tecnologias para a sua obtenção. O efeito mais importante deste processo é o seu barateamento. Assim, o cenário é bastante promissor.
Um outro benefício é o fato de seu excedente pode ser armazenado e utilizado posteriormente e também por estar disponível em áreas muito distantes. A manutenção é rara e, por essa razão, mais barata.
Com o aumento da demanda por energia solar fotovoltaica (geração de energia elétrica através da captação da luz do sol), os valores dos sistemas estão diminuindo ano a ano e já estão bem mais acessíveis.
Alguns recursos naturais, como o silício, são utilizados na fabricação de painéis solares.
Energia geotérmica
Este tipo de energia renovável se dá pelo calor originário do planeta Terra. A dezenas de metros da superfície, na parte terrestre, há uma camada de rochas denominada magma. Ali, a temperatura pode chegar a 6 mil graus Célsius.
O termo geotérmico vem exatamente dessa definição: a palavra “térmica” é proveniente do calor, ao passo que “geo” significa terra.
O magma é liberado durante erupções vulcânicas, gêiseres ou minas de água quente, mas não é necessário utilizá-la apenas onde esses fenômenos existem. Ao perfurar o solo em áreas onde há bastante vapor e água quente, é possível extrair recursos suficientes para a produção de energia.
Esse processo é realizado através de tubulações. Ao chegar à superfície terrestre, o vapor é transportado até uma central geotérmica, que conta com ferramentas, como turbinas, que o transformam em energia.
Os principais benefícios da energia geotérmica são:
Emissão mínima de gás carbônico e dióxido de enxofre, altamente poluentes e que intensificam o efeito estufa;
Permissão de abastecimento de regiões afastadas;
Falta da exigência de uma grande área para a construção de uma usina.
No entanto, vale destacar também alguns pontos negativos desse tipo de energia:
Aumento da temperatura ambiente, uma vez que lida com temperaturas muito altas;
Emissão de ácido sulfídrico, prejudicial à saúde e corrosivo;
Necessidade de grandes investimentos para a sua instalação e manutenção.
Baixa rentabilidade.
Energia das ondas e marés
A ação do vento torna possível o aproveitamento desta fonte de energia renovável.
No momento em que a onda se rompe, a água retorna em sua direção e o ar, em sentido oposto. Este entra em uma turbina e uma câmara, produzindo, então, energia.
Ainda há uma outra metodologia para esse procedimento, através do qual é instalado um gerador na superfície da água. O movimento das ondas é fundamental para o seu sucesso.
A capacidade de produção é bem pequena: só pode iluminar uma residência ou boias de aviso no oceano.
A energia das marés, por sua vez, é também chamada de maremotriz e depende igualmente do movimento da água (energia cinética) e da diferença de altura entre as marés (energia potencial).
As centrais elétricas são responsáveis pela produção. Para que haja uma rentabilidade, é preciso ter uma diferença de cinco metros entre as marés.
Energia da biomassa
São considerados biomassa todos os resultados de organismos vivos. É comum que sejam usados para a produção de combustíveis ou mesmo com esta finalidade.
Isso inclui toda matéria, seja animal ou vegetal.
O lixo urbano (a porção biodegradável) também pode ser considerado biomassa. Vale lembrar que fósseis não estão categorizados dessa forma.
Para transformar esta fonte de energia renovável em energia, alguns processos podem ser realizados.
Através da gasificação, a biomassa se transforma em um gás inflamável e ainda pode ser filtrada para separar algumas impurezas. Na pirólise, o processo é semelhante, mas com o uso de maior temperatura. O resultado também muda, com a produção de óleos vegetais, carvão vegetal e diversos gases.
Na combustão, como o próprio nome diz, a biomassa é incinerada com oxigênio. O efeito disso é vapor de alta pressão, geralmente usado para mover turbinas e em caldeiras.
Já na co-combustão, as usinas termelétricas contam com uma quantidade maior de biomassa. Dessa maneira, o uso do carvão mineral é reduzido. Como a faixa de desempenho é maior, em relação às anteriores – varia de 30 a 37% –, é o processo que traz mais vantagens, inclusive econômicas.
Fontes renováveis de energia no Brasil
Atualmente, o país é referência no uso desses materiais. Mais de 40% do total de energia produzida é derivada de fontes renováveis.
A energia solar poderia ser melhor explorada, pois o Brasil é um país cujo clima é quente e ensolarado, na maior parte do ano. Em 2018, o Brasil atingiu o registro histórico de 250 megawatts (MW) de potência de energia solar fotovoltaica com instalações de sistemas de microgeração e minigeração em locais como: casas, empresas, comércios, prédios públicos e até mesmo em zonas rurais.
A hidráulica, por sua vez, é totalmente o oposto no que se refere à utilização, com taxas que chegam a 68%. Por conta da abundância de água no território brasileiro, há quase 200 usinas que produzem energia desta forma. O cenário é ainda mais promissor, pois trata-se de uma tendência. É importante salientar, porém, que pequenas centrais não estão incluídas neste número.
Recentemente, o Brasil tem descoberto a energia eólica. Sua produção vem crescendo de forma efusiva. Em 2018, A produção de energia eólica atingiu a marca de 14 gigawatts (GW) de capacidade instalada, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica).
A biomassa, já citada anteriormente, é responsável por 8% da produção total de energia e a principal fonte usada no Brasil é a cana-de-açúcar. Com este material, ainda se fabrica etanol.
O carvão vegetal é usado no Brasil desde antes de sua colonização. Os índios o misturavam com gorduras de origem animal para tratar tumores e úlceras.
Hoje, no entanto, essa fonte de energia renovável é empregada como um combustível natural, principalmente para churrasqueiras, lareiras e fogões a lenha.
Para completar a lista de fontes de energia renováveis no Brasil, a oceânica começou a ser aproveitada nesta década. Em 2012, a usina de Pecém, no Ceará, começou a operar em caráter experimental. Sua produção vem crescendo lentamente, de forma geral, o que faz desta uma alternativa a ser considerada no futuro.