Glauco Diniz Duarte Grupo GD – como investir em energia renovavel
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, atualmente o Google é o maior comprador corporativo de energia proveniente de fontes renováveis do mundo. Em 2017 e 2018, a empresa conseguiu atender sua total demanda por eletricidade utilizando somente esses tipos de energia – limpas e sustentáveis.
Mas há poucos dias, a companhia anunciou que irá aumentar ainda mais seu investimento nos renováveis. Sundar Pichai, CEO do Google, informou que a gigante multinacional vai aumentar seu portfólio em projetos solares e eólicos em 40%, chegando a 5.500 MW – o equivalente à capacidade de produção de um milhão de painéis solares.
O aporte total do Google nos novos negócios será de US$ 2 bilhões, considerado pelo mercado, o maior já feito por uma organização privada, até hoje, no setor de energias renováveis.
O dinheiro é referente a compromissos de compras de longo prazo, que resultam no desenvolvimento de novos projetos. Com os recursos, serão financiadas 18 novas iniciativas, que vão desde a construção de fazendas solares no Texas até a instalação de turbinas eólicas na Suécia.
“Quando todos esses projetos estiverem em pleno funcionamento, nosso portfólio de energia limpa, sem emissão de carbono, produzirá mais eletricidade do que lugares como Washington D.C., ou países inteiros como Lituânia ou Uruguai, usam a cada ano”, afirma Pichai.
Até agora, a maior parte da energia renovável adquirida pelo Google nos Estados Unidos era eólica, aquela gerada por turbinas movidas pelo vento. Todavia, com a queda no custo da produção da energia solar (mais de 80% na última década), a empresa quer diversificar suas escolhas.
No investimento no Chile, por exemplo, foi feito um acordo de tecnologia híbrida, que combina solar e eólica. “Como o vento costuma soprar em momentos diferentes do que o sol brilha, combiná-los nos permitirá prover nosso data center chileno com eletricidade carbono zero durante uma porção maior de cada dia”, explica o executivo.
Energia solar: mercados nacional e global
A capacidade de energia solar instalada no Brasil no ano passado totalizava 2,4 GW (gigawat) – 1,2 GW desse montante foi adicionado em 2018.
Todavia, esse número ainda é muito baixo perto do mercado global. A China, 1º lugar no ranking internacional, investiu 45 GW no mesmo período, enquanto a Índia, que aparece em segundo lugar na lista, acrescentou 10,8 GW à sua capacidade de geração fotovoltaica.
Dentro do Brasil, o que cresce é o sistema de microgeração e minigeração distribuída solar em casas, empresas, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
No começo de agosto, juntos eles atingiram a marca histórica de 1 GW de potência instalada. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), atualmente o Brasil possui 93.597 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, somando mais de R$ 5,6 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do país.