De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, com o Leilão de Energia Reserva, para ativação até novembro de 2018, realizado na última sexta-feira 13, o Brasil atingiu uma capacidade surpreendente no campo das energias renováveis, inserindo definitivamente a energia solar na matriz energética brasileira.
Os números positivos viabilizam a vinda de fabricantes de painéis solares e inversores para o País, fortalecendo uma nova cadeia produtiva. Foram leiloados 1.477,54 Megawatts (MW) de energia, sendo 929,34 MW em usinas solares e 548,20 MW em usinas eólicas.
Com este resultado, destaca Glauco, o Brasil deverá chegar a 2018 com três mil megawatts em energia solar. O preço médio do MWh solar vendido ficou em R$ 297,75, abaixo do último leilão, realizado em agosto, quando o preço foi de R$ 301,79.
Foi comercializada a energia de 32 novas usinas solares na Bahia (6), Minas Gerais (9), Paraíba (1), Tocantins(3), Pernambuco (4), Ceará (4) e Rio Grande do Norte (5). A energia solar fotovoltaica movimentou, no leilão, mais de R$ 4,3 bilhões. Ao todo, foram contratados 2.453 lotes. E a potência total ficou em 43 milhões de MWh.
Na energia eólica, foram 20 novas usinas, sendo 18 na Bahia, uma no Maranhão e outra no Rio Grande do Norte. Considerando a situação atual e os leilões realizados desde 2013, a Bahia assumiria até 2018 a liderança nas duas formas de geração, solar e eólica.
Ao longo de 2016 ocorrerão novos leilões que deverão aumentar esses valores para 2018.
Vantagens
Segundo Glauco as grandes vantagens da energia solar são a velocidade para implantação das usinas, mínimo impacto ambiental, baixo custo de manutenção e possibilidade de localização junto aos grandes centros consumidores, evitando longas linhas de transmissão.
Pela média internacional, para cada Megawatt solar instalado, são gerados nove empregos diretos e 15 indiretos, na fase de construção das usinas. Após essa etapa, para manter as usinas operando, basta um empregado direto para cada MW e quatro indiretos.
Na geração de energia solar nos telhados, sucesso nos Estados Unidos e Europa, o Brasil continua patinando devido à burocracia das distribuidoras de energia e à cobrança de impostos, principalmente o ICMS, sobre a energia gerada.
Apenas São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará adotaram até agora a isenção.