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Energia solar como inovação GLAUCO DINIZ DUARTE

GLAUCO DINIZ DUARTE – Energia solar ganha mais espaço como inovação em educação

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GLAUCO DINIZ DUARTE - Energia solar ganha mais espaço como inovação em educação
GLAUCO DINIZ DUARTE – Energia solar ganha mais espaço como inovação em educação

Energia solar ganha mais espaço como inovação em educação. Ainda que com atraso, instituições de ensino apostam na energia solar como forma de inovar na prática pedagógica, preservar o meio ambiente e garantir a própria saúde do caixa. Mundo afora, diversas instituições de ensino já se ligaram nessa tomada de consciência e, hoje, colhem ótimo frutos a partir dessa inovação.

“Nos países onde a energia solar virou realidade nas edificações, essa matéria entrou também no currículo escolar. No Brasil ainda estamos no início desta realidade, na fase de pioneirismo. Mas a maioria ainda não se empenhou em levar o novo conhecimento para seus prédios, tampouco para dentro das salas de aula”, explicou Hans Rauschmayer, especialista em energia solar e um dos sócios da Solarize, empresa pioneira em cursos de capacitação solar no Brasil.

O consumo de energia representa um custo expressivo para as instituições de ensino e não acompanha diretamente o número de alunos. Afinal das contas, uma sala de aula necessita de ar-condicionado mesmo quando ela não está lotada.

“Nessa situação, qualquer aumento na tarifa impacta. A bandeira vermelha compromete o fluxo de caixa e a saúde financeira da instituição. O investimento em fontes alternativas é único e reduz ou até elimina estas variações, permitindo um planejamento financeiro mais sólido”, avaliou Hans Rauschmayer, que apontou benefícios também no campo pedagógico.

Investimentos são de R$60 mil para cada 1.000 kWh/mês

“Olhando pelo lado didático, um sistema próprio de geração é o melhor exemplo dessas tecnologias agregadas ao ensino. Elas melhoram o aprendizado e o entusiasmo dos alunos e acabam atraindo mais jovens para a instituição, que se apresenta de forma moderna e pioneira. Dispor de energia mais barata pode permitir aos gestores investir em tecnologia e laboratórios, por exemplo. O dinheiro, antes gasto com contas de luz, poderá estar disponível para novos investimentos.”

Aos gestores de instituições educacionais, o especialista deixa um recado: “Eles precisam saber que a legislação brasileira permite a cada pessoa ou empresa gerar energia para compensar seu consumo. O sistema solar ideal, portanto, gera a energia que a instituição consome. Por isso, o investimento depende do consumo atual da instituição.”

Rauschmayer explicou que para cada 1.000 kWh de consumo mensal, são necessários aproximadamente R$60 mil. Segundo orientações do especialista, o gestor interessado deve procurar empresas idôneas do setor para solicitar propostas.

“Recomenda-se ainda capacitar seu corpo técnico para poder acompanhar a instalação de forma competente e ganhar experiência ao longo do processo”, disse.

O mini gerador do campus Santa Cruz tem 84,8kW de potência máxima e foi montado sobre a cobertura do Bloco Anexo, ocupando aproximadamente 480 metros quadrados. Estima-se que esse gerador fornecerá 134,3 MWh/ano, o que representará R$51 mil a menos na despesa do campus com energia elétrica nos próximos 12 meses.

A energia gerada cobrirá, em média, 25% das necessidades da unidade. Ganham os cofres públicos e também o meio ambiente. Cerca de 11 toneladas/ano de CO2 deixarão de ser lançadas na atmosfera, o que equivale ao plantio de 66 árvores.

No ano passado, os geradores forneceram 1,6 GWh para 11 unidades do IFRN, o que significou redução de despesa da ordem de R$613 mil nas faturas de energia elétrica. Com essa ação, o Instituto também evitou a emissão de 142 toneladas de CO2 ao longo do último ano.

Mais oito campi devem ganhar geradores fotovoltaicos

E a aposta na energia solar não vai parar por aí. Já está em andamento o projeto para instalação de mais um gerador fotovoltaico de 27,5kWp sobre a cobertura do bloco principal do campus Santa Cruz, com previsão de conclusão para junho próximo.

Além desse, outros oito geradores estão em fase de projeto e instalação nos campi Apodi, Cidade Alta (Rocas), Ipanguaçu, Macau, Mossoró, Nova Cruz, Parnamirim e Zona Norte.

“Entre as fontes hoje existentes, a que recebe maior atenção é a energia solar fotovoltaica. Ela pertence ao campo da engenharia elétrica, é claro, mas envolve também engenheiros mecânicos e civis, por depender de análises de questões estruturais. Onde ainda falta muito conhecimento é exatamente na arquitetura: os conceitos da energia solar precisam ser integrados desde o início de um novo projeto, ou na reforma de uma edificação, já que poucas modificações nas coberturas destas unidades podem facilitar ou, ao contrário, inviabilizar o uso desta tecnologia”, disse Hans, que já atuou como consultor em diversas instituições de ensino, como o Cefet-RJ.

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