GLAUCO DINIZ DUARTE – Hidrelétricas do Centro-Oeste e Sudeste têm melhor nível desde 2013
O consumo de energia caiu 2,1% no ano passado, em relação à 2014. É um mau sinal para a economia. Mas a redução no consumo e as chuvas fortes do verão, ajudaram a repor o nível das represas nas principais regiões produtoras de eletricidade do Brasil.
Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste geram aproximadamente 70% da energia elétrica do país. O Operador Nacional do Sistema (ONS) fechou o balanço de janeiro. A boa notícia é que os reservatórios dessas duas regiões estão com 44% da capacidade. É o maior índice desde 2013.
Em janeiro de 2012, o nível dos reservatórios nessas regiões chegou a 76% (76,23%.) No ano seguinte, o volume caiu para menos da metade (37,46%.). Em 2014 fechou em 40% (40,28%) e no ano passado ficou muito baixo, com apenas 16%(16,84%). Agora subiu para 44% (44,43%).
Há um ano, a represa de Furnas, que é a maior do Rio Grande, estava com menos de 10% de sua capacidade. Agora, está com quase 48%. No Rio Paranaíba, a represa de emborcação estava com 13%, Agora, está com 40%. No rio Paraná, há o nível da represa de Ilha Solteira chegou a zero. Agora está mais de 60%.
Os números são resultado das fortes chuvas neste começo de ano, mas mesmo com mais água nas represas, agora em fevereiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira vermelha. A diferença é que com a recuperação dos reservatórios deu para desligar algumas usinas térmicas – justamente as mais caras, e o preço da bandeira caiu de R$ 4,53 para R$ 3 a cada 100 kw/h consumidos. Pelo menos este mês.
“Não é seguro dizer hoje, início de fevereiro que teremos desligamento total dessas térmicas. Vale dizer bandeira verde já a partir de março. Mas é bem provável que pelo menos bandeira amarela, pelo menos bandeira amarela, nós teremos a partir de março”, fala o presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales.