GLAUCO DINIZ DUARTE Maior qualificação profissional eleva competitividade das empresas no setor solar, afirma especialista
Especialistas do setor solar acreditam que os avanços em aprendizagem e competência devem impulsionar ainda mais a competitividade das empresas que atuam no mercado fotovoltaico brasileiro, sobretudo das companhias integradoras de projetos de geração distribuída.
A Bloomberg New Energy Finance projeta que, em 2040, a energia solar fotovoltaica será a principal fonte elétrica no Brasil, ultrapassando, por exemplo, a geração hidrelétrica. Segundo analistas de mercado, o futuro do setor realmente é bastante promissor, mas, para atingir um nível ainda maior de excelência, muitos profissionais deverão ser treinados e qualificados.
Segundo Siqueira Neto, CEO da Elektsolar e coordenador da Força Tarefa de Capacitação e Certificação da ABSOLAR, uma empresa integradora necessita de um profissional especializado atuando em campo. “Ele será o responsável por implementar o sistema fotovoltaico conforme projetado, seguindo as recomendações dos fabricantes dos equipamentos. A função exige preparo para a correta tomada de decisões na implementação do sistema. Por vezes, características únicas da instalação exigirão do supervisor decisões específicas para o projeto, influenciando a segurança, qualidade e desempenho do conjunto”, comenta.
O executivo lembra que a integração do sistema solar fotovoltaico deve ser realizada por empresa com experiência prévia comprovada e que capacite periodicamente seus profissionais. “A experiência de trabalho reduz riscos de problemas na instalação, dado que os sistemas solares fotovoltaicos são complexos, com componentes elétricos e mecânicos, demandando conhecimentos específicos. Antes de qualquer instalação, as estruturas dos telhados devem ser avaliadas, em alguns casos com a emissão de laudos técnicos, e a infraestrutura elétrica deverá passar por inspeção prévia”, explica Siqueira.
Segundo o executivo, na prática, as qualificações de profissionais vendedores, projetistas, instaladores e inspetores de comissionamento são estratégicas para o setor. “É necessário um processo de capacitação contínua, que traga excelência nas áreas técnicas e comerciais”, afirma.
O desempenho de longo prazo do sistema fotovoltaico para os clientes deve ser a principal meta de uma empresa que atua no setor. A forma como o sistema será instalado, operado e mantido pode fazer toda a diferença. “Deve-se evitar erros de projeto, minimizados por visita técnica, cálculos de sombreamento e dos riscos de degradação dos equipamentos, como em ambientes altamente salinos ou corrosivos”, aponta.
Um dos pontos cruciais para atender as expectativas de performance de longo prazo é a escolha de componentes e equipamentos. “O monitoramento da geração de energia elétrica serve de referência para sua performance ao longo do tempo. A análise regular do desempenho do sistema, permite antever sinais de degradação ou desvios de performance e agir preventivamente. Isso proporciona maior valor ao cliente final, assegurando melhor desempenho e maior retorno sobre o investimento, fortalecendo a reputação da empresa responsável”, conclui.