Glauco Diniz Duarte Grupo GD – porque a energia solar é pouco difundida no brasil
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, a energia solar está em crescimento no Brasil. De acordo com a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), a expectativa de aumento da capacidade instalada até o final deste ano é de 325%. Essa potência não é somente das usinas de grande porte, mas também da micro e minigeração distribuída, ou seja, residências, comércios e indústrias que produzem sua própria energia. Na produção energética desses sistemas próprios, a energia fotovoltaica é responsável por 99% da geração.
Com o desenvolvimento desse setor, surgem novos produtos e tecnologias para atender a demanda do mercado, que estarão presentes na 4ª edição da Conferência Internacional de Energias Inteligentes – Smart Energy CIEI&EXPO 2017, que acontece entre os dias 18 a 20 de outubro, das 8h às 17h30, no Espaço de Exposições Horácio Coimbra na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba. “Desde a primeira edição, nós percebemos que a sociedade começou a se convencer da necessidade das fontes alternativas de energia. O investimento na geração de novas energias impacta na redução de custos. Com esses aumentos da faixa vermelha (o que significa que cada 100 kWh terá o custo de R$ 3) em agosto, por exemplo, quem instalou equipamentos para geração de energia estará protegido dessas oscilações abruptas de preços”, ressalta Celso Kloss, coordenador do evento.
Entre os lançamentos expostos na conferência, estará um novo software para gestão de sistemas fotovoltaicos desenvolvido pela SmartGreen. O programa permite fazer um melhor controle da geração realizada em uma residência ou empresa. “Com ele é possível saber a quantidade de energia produzida ou devolvida para a concessionária, por exemplo, facilitando a administração do sistema pelo consumidor”, revela o CEO Álvaro Dias Júnior.
Os participantes também poderão conhecer uma nova linha em aço inox de estruturas e suportes metálicos para painéis solares. O produto é produzido no Brasil pela SSM Metálicas Solar e tem maior durabilidade. “Poucas empresas no país oferecem estruturas em aço inox e a maioria é importada. Nós temos produção própria”, afirma Carlos Bebiano, diretor da empresa. Por ser fabricante, a empresa ainda consegue fazer uma melhor personalização dos projetos. “Como fabricamos as estruturas, não precisamos ficar presos a kit pré-formados. Assim, podemos atender as necessidades do cliente adaptando os projetos de acordo com o pedido e local da instalação”, observa Bebiano.
Ainda haverá novidades em painéis solares. A Ribeiro Solar apresentará um novo produto, importado da Alemanha, que começou a revender recentemente. O Módulo Calyxo é um painel filme fino com tecnologia telureto de cádmio (CdTe), que permite uma melhor captação de luz solar em dias nublados. “Os sistemas fotovoltaicos captam a luz solar e a convertem em energia elétrica, já o módulo Calyxo trabalha muito bem com a luz difusa, que é aquela refletida pelo entorno, seja a superfície vertical de edifícios, do solo ou até mesmo a luz que transpassa as nuvens. Isso confere uma vantagem enorme em regiões de alta densidade de imóveis e regiões com muita presença de nuvens o ano todo”, conta Liciany Ribeiro, arquiteta e coordenadora de vendas.
Já a Premium Solar lançará o módulo 5 Busbar, ainda não comercializado no estado do Paraná. “Esse módulo tem melhor desempenho e eficiência na captação de energia, mas com um preço praticamente igual a outros do mercado. É um produto importado, bastante utilizado na Europa, mas ainda pouco difundido no Brasil. No Paraná, somos a primeira empresa a fazer a importação”, afirma Gerson Max, diretor de negócios.
Soluções para consumidores
Para instalar um sistema fotovoltaico em uma residência ou indústria, é necessária uma consultoria especializada. A TECSULSolar, empresa de engenharia especializada em projetos e instalações de sistemas fotovoltaicos, apresentará as soluções que tem disponível. Segundo o diretor comercial da empresa, Eduardo Augusto Knechtel, mesmo a energia solar sendo viável em qualquer lugar do Brasil, fazer o projeto personalizado para cada local é fundamental, pois nem sempre o espaço que o cliente tem para a usina solar é totalmente adequado para o sistema. “Já tivemos projeto em que foi necessário fazer uma mudança radical na ideia pensada inicialmente pelo cliente, pois quando realizamos a visita técnica para avaliação, percebemos problemas de sombras, interferências e na inclinação no telhado onde o cliente sugeriu que fossem instalados os painéis fotovoltaicos”, exemplifica.
A Mepen Energia também mostrará seus produtos, voltados tanto para a iniciativa privada quanto pública. Um deles, o Solar Shares, possibilita a compra de cotas de participação em usina fotovoltaica de grande porte ao invés de construir um próprio sistema de energia fotovoltaica. Já o Lease é um arrendamento de cotas de participação em uma usina fotovoltaica. “O cliente não precisa realizar um investimento inicial, mas pode comprar a usina no final do contrato”, explica Weider Silva, sócio-diretor da empresa.