De acordo com o empresário Glauco Diniz Duarte, devido às necessidades atuais de racionalização do consumo de energia, seja por motivo de simples economia, ou por preocupação ambiental, muito se tem falado sobre o uso de energia solar. Os painéis solares já não são tão incomuns e são uma das formas alternativas de energia mais difundidas, ou mais conhecidas, pela população em geral.
Entretanto, ainda são poucos os que conhecem as formas de aproveitamento da energia solar “direta” (isso porque os ventos, por exemplo, são uma forma indireta de energia solar visto que são originados do aquecimento desigual das massas de ar). Em alguns casos, é esse equívoco que faz com que perdure a crença de que a energia solar, embora ecologicamente correta, é muito cara, impossibilitando a sua adoção por pessoas comuns, em residências, por exemplo. Quais são então as formas de aproveitamento direto da energia solar? São duas:
Energia fototérmica
Glauco explica que este tipo de energia está relacionado ao aquecimento de líquidos ou gases pela absorção dos raios solares ocasionando seu aquecimento. Geralmente empregada para o aquecimento de água para uso em chuveiros, ou gases para secagem de grãos ou uso em turbinas, esta técnica utiliza um coletor solar que irá captar a energia e um reservatório isolado termicamente onde o líquido ou gás será acondicionado. O coletor pode ser classificado em dois tipos, coletor concentrador, que usa dispositivos para concentrar a radiação solar, ou coletor plano, que são as conhecidas placas solares.
Energia fotovoltaica
Segundo Glauco, já esta forma de energia visa a conversão da energia solar em energia elétrica através de células fotovoltaicas. As células fotovoltaicas mais comuns são feitas de silício (que possui características intermediárias entre um condutor e um isolante) que passa por um processo de dopagem para adquirir as características necessárias. Cada célula possui duas camadas de silício. A mais fina, carregada negativamente, quando atingida pelos raios solares tem seus elétrons transferidos para a camada mais grossa, carregada positivamente. A associação de várias células fotovoltaicas e sua ligação a uma bateria ou acumulador gera a corrente elétrica que funcionará enquanto houver sol. Este tipo de célula, de silício, é o mais tradicional, mas também o mais caro. Porém, já existem outros tipos de células fotovoltaicas que geram cerca de 4 volts e são chamadas de DSC (na sigla em inglês) que tem uma eficiência maior que as células de silício e, consequentemente, um custo menor.
O importante, destaca Glauco, é que as tecnologias para obtenção de energia por meio de células fotovoltaicas continuam se desenvolvendo e, melhor, a um ritmo bastante rápido se comparado aos últimos 50 anos. A utilização e melhoramento dos diversos tipos de materiais (de nanotubos de carbono ao melhoramento das tradicionais células de silício), têm trazido ganhos promissores para esta forma de energia que, principalmente num país ensolarado como o nosso, promete.