Glauco Diniz Duarte Grupo GD – Como financiar construção de imóvel
Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, na hora de comprar o imóvel, a opção mais comum é adquirir uma casa ou apartamento que já estão prontos ou em construção. Porém, há quem prefira começar o projeto dos sonhos do zero. Primeiro para deixar a casa exatamente do jeito que planejou. Segundo porque, com dedicação de tempo e paciência, pode sair mais em conta para o bolso. O primeiro passo é comprar um terreno e, para isso, é possível entrar em um financiamento.
Na Caixa Econômica Federal, na modalidade Carta de Crédito SBPE, é possível financiar terrenos com valor a partir de R$ 200 mil e o valor mínimo de financiamento é de R$ 100 mil, o equivalente a 50% do preço. O prazo para pagar é de 18 anos ou 216 meses. As parcelas não poderão ultrapassar o limite de 30% da renda familiar.
Em uma simulação no site da Caixa, para um imóvel de R$ 200 mil na cidade de São Paulo e a renda de R$ 6 mil, o prazo máximo de financiamento é de 216 meses e a cota máxima de financiamento é de 60%. O valor da entrada é de R$ 80 mil e o preço a ser financiado é de R$ 120 mil. Os juros nominais são de 10,93% ao ano mais TR, enquanto os juros efetivos são de 11,50% ao ano mais TR. A primeira prestação será de R$ 1.689,29 e a última, de R$ 585,61.
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Se o valor do imóvel for menor que R$ 200 mil, existe outra modalidade de financiamento, que é o Crédito Imóvel Próprio. Nesta linha, o pagamento pode ser feito em 240 meses. O valor contratado é depositado em conta corrente aberta na Caixa e não há destinação específica. Neste caso, o cliente que tiver um imóvel quitado ou financiado pelo banco poderá financiar até 60% do preço do seu imóvel e os percentuais de financiamento permitidos variam de acordo com o tipo de imóvel, que pode ser residencial, comercial, rural ou terreno. Para os que contam com um imóvel financiado na Caixa, o saldo residual não pode ser superior a 30% do valor do novo empréstimo.
Há ainda uma terceira possibilidade, esta para quem deseja financiar não apenas a compra do terreno, como também a construção. Neste tipo de contratação, o cliente precisa ter o projeto arquitetônico do imóvel, desenvolvido por um arquiteto ou engenheiro. A partir dele, será desenvolvido o cronograma da obra, que vai auxiliar o acompanhamento e liberação das etapas seguintes. Neste caso, o valor do financiamento é liberado de acordo com a evolução das etapas do cronograma previamente elaborado.
As taxas de juros são diferentes em relação às taxas para a compra da casa que já está pronta. Em geral, elas são um pouco mais altas. Numa mesma simulação, mas para a aquisição de um imóvel novo de R$ 200 mil na cidade de São Paulo com renda de R$ 6 mil, os juros nominais são de 8,16% ao ano mais TR e os efetivos são de 8,47% ao ano mais TR. Mesmo que a diferença não seja tão grande, é preciso levar em consideração que em um financiamento longo, ao final, esse montante pode fazer a diferença.
Outras características do financiamento de um terreno é que ele deve estar localizado em área urbana ou em lugares com infraestrutura e que não existe um valor máximo para este tipo de financiamento, já que o montante será calculado com base na capacidade de pagamento. “Para conseguir o financiamento, é preciso atender a todos os requisitos do banco e um deles é que seja um terreno de fato e de direito, não pode ser um pedaço de terra, tem que estar com a documentação regularizada. Para saber se está tudo certo com o terreno, é possível pegar a certidão de propriedade no cartório”, explicou Elísio Cruz Júnior, presidente do Sindicato de Habitação de Pernambuco (Secovi-PE).
Ainda é comum que a aprovação do financiamento aconteça de forma mais rápida e eficaz. Para conseguir a liberação do financiamento de um imóvel pronto, ele precisa passar por uma vistoria e estar em condições para servir como garantia do financiamento. Já o terreno não tem muito o que analisar, já que ainda não há construção. Ou seja, precisa que a documentação esteja em ordem.
Alternativa
Porém, antes de assinar o contrato de financiamento com o banco, pesquise se a própria construtora não disponibiliza algum tipo de financiamento do terreno. Essa forma de pagamento pode ser mais vantajosa e pesar menos no bolso. “Às vezes é preciso avaliar a forma de financiamento diretamente com a construtora. Muitas vezes é possível comprar um lote em até 60 parcelas mensais fixas ou em 120 meses com o valor sendo corrigido pelo IGP-M, o que torna mais barato porque o financiamento no banco vai ter a taxa de juros mais alta”, ressaltou Elísio.