Glauco Diniz Duarte Grupo GD – Tendências essenciais no mercado imobiliário

Glauco Diniz Duarte Grupo GD – Tendências essenciais no mercado imobiliário

Segundo o Dr. Glauco Diniz Duarte, as tendências do mercado imobiliário seguem apresentando fortes influências da pandemia. Para além das questões econômicas, que explicaremos em mais detalhes adiante neste artigo, alguns comportamentos devem ditar o setor de maneira significativa, como:

Busca por imóveis maiores e mais completos

Mesmo que os brasileiros já convivam com a pandemia desde 2020, mudanças impostas pelo período de isolamento ainda afetam suas decisões.

Com o maior tempo que as pessoas passam em casa, as características buscadas nos imóveis estão mudando de forma crescente. Agora, o foco é em lares maiores e mais bem equipados.

Segundo uma pesquisa da Quinto Andar, a principal necessidade dos consumidores (31,8%) é ter um home office. Depois, o principal desejo é ter uma área verde (28,4%). Por fim, boa parte dos moradores (25%) também passaram a priorizar ambientes dedicados ao seu lazer.

Mais mudanças em busca de maior qualidade de vida

Como você deve ter notado, os fatores descritos acima estão diretamente ligados a uma maior busca por qualidade de vida.

A partir disso, o mercado imobiliário e suas tendências também devem ser marcados por ainda mais mudanças e aquisições de imóveis.

Na mesma pesquisa citada acima, 19,5% dos consumidores afirmam desejar casas maiores. Ainda, 16% querem se mudar para viver com seus parceiros, 14,5% em busca de mais conforto e 10,2% desejam mudar-se para bairros mais silenciosos.

Exigência pela digitalização dos serviços imobiliários

Desde o início da pandemia, a digitalização do mercado teve um “boom” significativo. Entretanto, nem todas as imobiliárias acompanharam essa movimentação.

Agora, definitivamente, quem não prezar pela qualidade dos anúncios e do atendimento digital será passado para trás.

As pessoas querem consultar imóveis na internet, com boas fotos e descrições completas. O mercado imobiliário e suas tendências devem caminhar bastante nessa direção em 2022. Nós explicamos melhor esse movimento no item seguinte.

Vendas online

As vendas online em segmentos diversos são cada vez mais abrangentes, certo?

Principalmente após a pandemia, quando algumas compras só se tornaram possíveis no ambiente digital, os usuários começaram a se sentir mais confortáveis neste meio. E é claro que em relação aos imóveis não seria diferente.

Um primeiro ponto a ser observado é o número de portais imobiliários, que é cada vez maior.

Com isso, o comprador pode avaliar suas opções de imóveis para compra e aluguel em um enorme “catálogo virtual”, no conforto de suas casas. Em apenas alguns cliques, podem acessar fotos, vídeos e demais informações sobre eles, fazendo inclusive um comparativo entre as opções disponíveis.

A compra de imóveis online, com processos burocráticos sendo resolvidos à distância, por exemplo, também já acontece em alguns cenários. Com isso, etapas como ir e vir várias vezes ao cartório ou fazer a entrega de toda a documentação presencialmente já vem sendo eliminadas.

Para que isso seja feito com segurança, no entanto, é preciso contar com a ajuda de tecnologia no mercado imobiliário. 

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Conte cada vez mais com a tecnologia

 É certo afirmar que a tecnologia está cada vez mais presente nas negociações.

Softwares de gestão, por exemplo, já ajudam a traçar o perfil do cliente. Com isso, é possível reconhecer suas preferências e particularidades de compra ou aluguel.

A realização de passeios virtuais pelos imóveis, anúncios com QR Code, atendimento 100% online (inclusive via redes sociais) e plataformas responsivas, com boa usabilidade no smartphone, também são exemplos de aplicação de tecnologia que favorece a compra nesse cenário.

Outros exemplos que aos poucos vem sendo implementados:

• Uso de assinaturas digitais que asseguram os dados em transações e evitam intercepções;

• Aplicativos bancários possibilitando transferências em valores altos.

O próprio programa da Casa Verde e Amarela, projeto habitacional do governo, pode ter várias etapas adiantadas pelo app da Caixa Econômica Federal. 

Flexibilização

Por fim, mas não menos importante, o cenário aponta que é hora é de criar oportunidades para driblar a crise originada com a pandemia. Dessa forma, uma tendência forte do mercado imobiliário é flexibilizar condições para facilitar o fechamento de contratos.

Prazo estendido para desistência da compra é um exemplo que tem sido muito utilizado com a inclusão da “cláusula covid-19”. Afinal, a pandemia mostrou que existem algumas variáveis que podem desfavorecer a compra de um imóvel, por exemplo.

Lembrando que essa flexibilização deve ser sempre acordada e registrada entre todos os envolvidos.

Dados sobre o setor no pós-pandemia

Enquanto a economia enfrenta uma crise severa por conta da pandemia, o mercado imobiliário e suas tendências andam na contramão, com boas perspectivas de crescimento.

Com a alta disponibilidade de crédito e as baixas nas taxas de juros, os últimos anos foram excelentes em termos de investimentos.

Agora, por mais que o cenário permaneça positivo, há uma certa retração. A Selic, por exemplo, apresentou os menores níveis da história em 2020, mas teve seguidos aumentos já em 2021.

Mesmo que, provavelmente, as taxas não atinjam níveis tão baixos quanto os do primeiro ano pandêmico, é esperado que a recuperação econômica do “novo normal” reaqueça o setor.

Evidentemente, a pandemia ainda não acabou e é difícil prever exatamente quando ela terminará em definitivo.

Contudo, além das questões em torno da economia, já se sabe que o pós-pandemia será marcado por novas exigências entre os consumidores.

O potencial do mercado imobiliário para o futuro

O atual cenário pode até gerar certo alerta, mas ainda existem motivos para considerar o mercado imobiliário e suas tendências positivas neste ano.

Depois de um longo período de recessão, de 2014 a 2018, o setor teve uma retomada importante em 2019. Neste ano, as atividades imobiliárias cresceram 2,3%, segundo dados publicados pela CNN.

A baixa da taxa Selic e o acesso ao crédito fizeram com que 2020 também fosse positivo. Apesar da pandemia, a venda de imóveis novos cresceu 8,4% no período, de acordo com uma entrevista do presidente da Cbic divulgada pelo R7.

Já em 2021, a inflação fechou em 10,06%, como apontam dados compilados pelo G1. A mesma fonte ainda destaca que isso levou o Banco Central a elevar a taxa básica de juros. Dessa forma, a Selic teve seu décimo primeiro aumento consecutivo em 2022. Em junho, ela atingiu 13,25%.

Para começar, os juros de financiamentos imobiliários ainda estão entre os mais baratos. Dados da Exame apontam que sua média é de 9,33%.

O número não é tão bom quanto os 7% do ano anterior, mas o potencial de valorização de novos imóveis pode compensar os valores de empréstimo. Isso porque, as taxas seguem em apenas um dígito.

Inclusive, não faltarão financiamentos vantajosos para quem deseja adquirir ou construir um imóvel.

De acordo com outra matéria da Exame, a Caixa prevê um aumento de 10% nos empréstimos imobiliários em 2022.

Até o final do ano, as concessões devem superar a casa dos R$ 150 bilhões, mantendo o mercado aquecido.

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