O empresário Glauco Diniz Duarte diz que um sistema inédito para energia solar pode estar chegando ao Brasil em breve, que é capaz de armazenar a energia a ser utilizada inclusive à noite. Desenvolvido em parceria com um instituto alemão, o programa quer construir um projeto-piloto em Petrolina, semiárido no interior do estado de Pernambuco, para testar a tecnologia heliotérmica. O conjunto heliotérmico funciona a partir de vários receptores espelhados, dispostos em uma área plana. Os espelhos então se movimentam conforme a posição do Sol, e refletem os raios para um torre central, que transformará o calor em energia.
Vale ressaltar, destaca Glauco, que atualmente os geradores fotovoltaicos, ou seja, aqueles que desenvolvem força eletromotriz pela ação da luz, são explorados no país.

Glauco diz que no caso dos fotovoltaicos, você teria que ter um sistema de baterias bem caro e complexo para operar. Com o armazenamento térmico é bem mais viável que a energia fique guardada em forma de calor para, no momento em que for necessária, ela ser acionada, inclusive à noite.

Segundo Glauco, o que também será interessante, é que todo sistema baseado na energia do Sol terá um mecanismo de captação de calor na própria torre. Salientando que em outras partes do mundo, a matéria utilizada é o sal fundido, já no Brasil, o sistema utilizará apenas o ar. O sistema é chamado de receptor volumétrico aberto e evita grandes vazamentos. Glauco ainda acrescentou:
Em sistemas que usam sal fundido, às vezes você tem esse problema, porque está trabalhando com grandes variações de temperatura em tubulações onde passa um fluido líquido pressurizado.

Para que o projeto possa ser viabilizado, o grupo busca conseguir certa de R$ 45 milhõe scom a Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel. Sendo então a proposta aprovada, a implantação começará já em 2017, com um tempo médio de construção de três anos e meio.